Acampamentos de manifestantes são atacados a tiros na capital da Tailândia
BANGCOC, 26 Fev 2014 (AFP) - Vários acampamentos de manifestantes foram atacados a tiros nesta quarta-feira, em Bangcoc, aumentando ainda mais a tensão na Tailândia, enquanto a primeira-ministra deixou a capital em uma viagem oficial.
Um novo e perigoso capítulo da crise política, que já dura quatro meses e deixou 22 mortos, parece ter começado, com relatos quase diários de tiroteios e explosões de granadas na capital, principalmente tendo manifestantes como alvos.
A polícia informou que foram registrados tiros esporádicos durante uma hora em três áreas de Bangcoc onde opositores estão acampados, próximas a hotéis e shoppings de luxo. Ninguém ficou ferido.
"Não sabemos quem é o autor dos disparos, mas o objetivo é intimidar", afirmou o porta-voz da polícia, Anucha Romyanan, à AFP.
A primeira-ministra Yingluck Shinawatra sofre intensa pressão para renunciar. Os protestos pedem maior participação popular para combater a corrupção.
Os aliados do governo afirmam que não vão aceitar a derrubada de um governante eleito, seja por militares, por manifestações ou pelos tribunais, desencadeando temores de que o conflito continue por tempo indeterminado.
Yingluck foi oficialmente acusada de negligência em um suposto esquema de corrupção dentro de um programa de subsídios para a produção de arroz, produto de extrema importância para o país.
Se for considerada culpada, ela pode perder o cargo e ficar banida por cinco anos das atividades políticas.
Yingluck visitou a cidade de Chiang Rai (norte) para inspecionar projetos do governo e disse que talvez não estará presente no julgamento.
"Ainda não tomei uma decisão", explicou à imprensa. Ela deve ser representada pelo seu advogado.
Autoridades negaram que a premiê esteja fugindo dos protestos.
Crianças entre as vítimas Mais de 700 pessoas ficaram feridas desde o início das manifestações, em outubro, que exigem o fim do domínio político da bilionária família Shinawatra no país.
A oposição considera que militantes favoráveis ao governo sejam os responsáveis pela violência, enquanto eles acusam os manifestantes de provocarem as forças de segurança.
Quatro crianças estão entre as vítimas dos confrontos no final de semana.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, manifestou sua "preocupação crescente" com a crise, e pediu diálogo para acabar com a violência.
Autoridades alertam para o risco de o país entrar em guerra civil.
A Tailândia vive uma profunda divisão desde de que um golpe militar em 2006 derrubou o então premiê Thaksin Shinawatra, irmão da atual primeira-ministra, que assumiu em 2011.
Thaksin deixou o país para escapar de uma condenação a dois anos na cadeia por corrupção e abuso de poder. Hoje vive exilado em Dubai. Mas os oposicionistas consideram que ele ainda governa à distância, manipulando Yingluck.
Uma eleição marcada para o dia 2 de fevereiro foi boicotada em vários redutos da oposição e não reduziu a crise. Novas eleições estão marcadas para o dia 2 de março em cinco províncias.
Um novo e perigoso capítulo da crise política, que já dura quatro meses e deixou 22 mortos, parece ter começado, com relatos quase diários de tiroteios e explosões de granadas na capital, principalmente tendo manifestantes como alvos.
A polícia informou que foram registrados tiros esporádicos durante uma hora em três áreas de Bangcoc onde opositores estão acampados, próximas a hotéis e shoppings de luxo. Ninguém ficou ferido.
"Não sabemos quem é o autor dos disparos, mas o objetivo é intimidar", afirmou o porta-voz da polícia, Anucha Romyanan, à AFP.
A primeira-ministra Yingluck Shinawatra sofre intensa pressão para renunciar. Os protestos pedem maior participação popular para combater a corrupção.
Os aliados do governo afirmam que não vão aceitar a derrubada de um governante eleito, seja por militares, por manifestações ou pelos tribunais, desencadeando temores de que o conflito continue por tempo indeterminado.
Yingluck foi oficialmente acusada de negligência em um suposto esquema de corrupção dentro de um programa de subsídios para a produção de arroz, produto de extrema importância para o país.
Se for considerada culpada, ela pode perder o cargo e ficar banida por cinco anos das atividades políticas.
Yingluck visitou a cidade de Chiang Rai (norte) para inspecionar projetos do governo e disse que talvez não estará presente no julgamento.
"Ainda não tomei uma decisão", explicou à imprensa. Ela deve ser representada pelo seu advogado.
Autoridades negaram que a premiê esteja fugindo dos protestos.
Crianças entre as vítimas Mais de 700 pessoas ficaram feridas desde o início das manifestações, em outubro, que exigem o fim do domínio político da bilionária família Shinawatra no país.
A oposição considera que militantes favoráveis ao governo sejam os responsáveis pela violência, enquanto eles acusam os manifestantes de provocarem as forças de segurança.
Quatro crianças estão entre as vítimas dos confrontos no final de semana.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, manifestou sua "preocupação crescente" com a crise, e pediu diálogo para acabar com a violência.
Autoridades alertam para o risco de o país entrar em guerra civil.
A Tailândia vive uma profunda divisão desde de que um golpe militar em 2006 derrubou o então premiê Thaksin Shinawatra, irmão da atual primeira-ministra, que assumiu em 2011.
Thaksin deixou o país para escapar de uma condenação a dois anos na cadeia por corrupção e abuso de poder. Hoje vive exilado em Dubai. Mas os oposicionistas consideram que ele ainda governa à distância, manipulando Yingluck.
Uma eleição marcada para o dia 2 de fevereiro foi boicotada em vários redutos da oposição e não reduziu a crise. Novas eleições estão marcadas para o dia 2 de março em cinco províncias.