Polícia prende 41 manifestantes e usa gás lacrimogêneo em Caracas

Em Caracas

  • Boris Vergara/Xinhua

    Guarda Nacional dispersa manifestantes com gás lacrimogêneo durante protesto em Altamira

    Guarda Nacional dispersa manifestantes com gás lacrimogêneo durante protesto em Altamira

Pelo menos 41 manifestantes da oposição, entre eles oito estrangeiros, foram detidos nesta sexta-feira (28), depois de enfrentarem com pedradas e coquetéis molotov os militares da Guarda Nacional que tentavam dispersá-los com gás lacrimogêneo em uma avenida do leste de Caracas, informou a TV oficial. "A operação especial da Guarda Nacional em Altamira permitiu a detenção de 41 manifestantes, dos quais oito são estrangeiros e são procurados por terrorismo internacional", segundo o canal.

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De acordo com o Sindicato da Imprensa (SNTP, na sigla em espanhol), a fotógrafa italiana Francesca Commi, do jornal local "El Nacional", está entre os detidos. O jornalista americano Andrew Rosati, colaborador do "Miami Herald", foi preso e solto cerca de meia hora depois. "Jornalista @andrewrosati foi atingido no rosto e no abdômen pela GNB, algemado, ficou sem seu equipamento e foi preso por 1/2 hora", informou o sindicato em sua conta no microblog Twitter.

As autoridades não confirmaram as detenções, nem divulgaram detalhes sobre os estrangeiros detidos na praça Altamira. O prefeito de Chacao, Ramón Muchacho, disse no Twitter que "foram atendidos três pacientes provenientes de Altamira, dois por tiros e um com contusões". Os ativistas instalaram dezenas de barricadas nos arredores da praça Altarmira, principal palco dos protestos contra o governo em Caracas, de onde lançaram uma chuva de bombas incendiárias nos militares. As forças da ordem usaram jatos d'água e gás lacrimogêneo nos manifestantes, jovens em sua maioria e muitos deles encapuzados.


Esse tipo de confronto tem sido registrado quase que diariamente no final do dia desde 12 de fevereiro, quando houve uma grande marcha da oposição no centro de Caracas. Desde o início dos protestos, o serviço de saúde de Chacao atendeu mais de 100 manifestantes por ferimentos a bala, golpes, ou por problemas respiratórios causados pela inalação de gás lacrimogêneo. Os mortos na onda de protestos que tomou conta do país por mais segurança, entre outras reivindicações, já chega a 18.

 

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