Santos ignora Comissão Interamericana e destitui prefeito de Bogotá
BOGOTã, 20 Mar 2014 (AFP) - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou nesta quarta-feira a destituição do prefeito de Bogotá, o ex-guerrilheiro Gustavo Petro, depois de rejeitar as medidas cautelares em favor do político expedidas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
"O governo colombiano não acolhe o pedido de medidas cautelares (...), em consequência e dada a urgência de não continuar com o estado de incerteza, designo Rafael Pardo Rueda, atual ministro do Trabalho, para que se encarregue da prefeitura", declarou Santos, em mensagem à Nação.
Petro reagiu à decisão convocando uma "greve geral", em discurso pronunciado do balcão do seu gabinete na Prefeitura.
"De maneira pacífica, o povo colombiano deve ir à greve geral por uma Assembleia Constituinte e pela paz na Colômbia", disse Petro para centenas de pessoas que aguardavam há horas na frente da sede da prefeitura, no centro de Bogotá.
O prefeito advertiu sobre o efeito negativo que sua saída terá no processo de paz negociado entre o governo Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), uma guerrilha comunista que busca a participação política.
"Este governo não é capaz de aceitar as decisões do povo e nem as decisões da justiça, como ficou provado no dia de hoje (...), mas a democracia e a paz na Colômbia se respeita, faremos respeitar", afirmou Petro.
Em uma decisão arriscada para sua campanha à reeleição e para o processo de paz em andamento com os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Santos decidiu abrir caminho para a saída de Petro, seguindo a determinação da Justiça colombiana na terça-feira e em detrimento do pedido da CIDH também formulado na véspera.
Santos destacou que decidiu decretar a saída de Petro a pedido da Procuradoria, o órgão responsável por sancionar os funcionários públicos na Colômbia. A destituição do prefeito foi solicitada em dezembro.
"É evidente que a Justiça colombiana agiu e que o fez de maneira transparente, eficaz e oportuna", disse Santos.
Figura da esquerda colombiana, o prefeito, de 53 anos, foi destituído e considerado politicamente inelegível por 15 anos. A origem foi uma polêmica reforma do sistema de coleta de lixo que, na avaliação do procurador Alejandro Ordóñez, afetou a livre concorrência, ao transferir para uma empresa pública o controle desse serviço, então nas mãos de concessionárias privadas.
an-vel/jb/tt/lr
"O governo colombiano não acolhe o pedido de medidas cautelares (...), em consequência e dada a urgência de não continuar com o estado de incerteza, designo Rafael Pardo Rueda, atual ministro do Trabalho, para que se encarregue da prefeitura", declarou Santos, em mensagem à Nação.
Petro reagiu à decisão convocando uma "greve geral", em discurso pronunciado do balcão do seu gabinete na Prefeitura.
"De maneira pacífica, o povo colombiano deve ir à greve geral por uma Assembleia Constituinte e pela paz na Colômbia", disse Petro para centenas de pessoas que aguardavam há horas na frente da sede da prefeitura, no centro de Bogotá.
O prefeito advertiu sobre o efeito negativo que sua saída terá no processo de paz negociado entre o governo Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), uma guerrilha comunista que busca a participação política.
"Este governo não é capaz de aceitar as decisões do povo e nem as decisões da justiça, como ficou provado no dia de hoje (...), mas a democracia e a paz na Colômbia se respeita, faremos respeitar", afirmou Petro.
Em uma decisão arriscada para sua campanha à reeleição e para o processo de paz em andamento com os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Santos decidiu abrir caminho para a saída de Petro, seguindo a determinação da Justiça colombiana na terça-feira e em detrimento do pedido da CIDH também formulado na véspera.
Santos destacou que decidiu decretar a saída de Petro a pedido da Procuradoria, o órgão responsável por sancionar os funcionários públicos na Colômbia. A destituição do prefeito foi solicitada em dezembro.
"É evidente que a Justiça colombiana agiu e que o fez de maneira transparente, eficaz e oportuna", disse Santos.
Figura da esquerda colombiana, o prefeito, de 53 anos, foi destituído e considerado politicamente inelegível por 15 anos. A origem foi uma polêmica reforma do sistema de coleta de lixo que, na avaliação do procurador Alejandro Ordóñez, afetou a livre concorrência, ao transferir para uma empresa pública o controle desse serviço, então nas mãos de concessionárias privadas.
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