Confronto na mesquita de Al-Aqsa deixa dezenas de palestinos feridos

JERUSALEM, 16 Abr 2014 (AFP) - Dezenas de palestinos ficaram feridos nesta quarta-feira em confrontos com a polícia israelense, depois de autorizada a entrada de judeus na mesquita de Al-Aqsa de Jerusalém.

O porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, disse que os palestinos jogaram "pedras e rojões" contra os agentes, quando abriram as portas da mesquita.

A mesquita de Al-Aqsa é um dos lugares santos do Islã.

A polícia respondeu com balas de borracha e bombas de efeito moral e fechou a mesquita, após a visita de alguns visitantes judeus, afirmou o porta-voz.

Um correspondente da AFP viu vários palestinos feridos por balas de borracha. Eles ficaram dentro da mesquita para fugir da polícia.

Na Esplanada das Mesquitas, ou Monte do Templo, como é chamada pelos israelenses, ficam a mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, considerado um lugar santo pelos judeus.

Os não muçulmanos em geral podem visitar a Esplanada, mas os judeus não podem rezar no recinto. Os judeus nacionalistas exigem esse direito e, com frequência, tentam entrar no local.

Os judeus estão no meio das celebrações de Pessach, a Páscoa judaica, uma festa religiosa que dura sete dias.

Na segunda-feira, a polícia prendeu sete pessoas que queriam celebrar a festa, sacrificando uma cabra na mesquita em Al-Aqsa.

A Jordânia, guardiã oficial dos lugares santos muçulmanos em Jerusalém, pediu ao Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira que ponha fim à "escalada" israelense nesse lugar santo.

"Os deveres jurídico, humanitário e ético do Conselho de Segurança e da comunidade internacional exigem pôr fim à escalada israelense e às violações cometidas por judeus extremistas em Al-Aqsa", declarou o ministro jordaniano da Informação, Mohamed Momani, citado pela agência oficial de notícias Petra.



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