Autoridades de Hong Kong prometem investigar violência policial contra manifestantes
HONG KONG, 15 Out 2014 (AFP) - As autoridades de Hong Kong afirmaram nesta quarta-feira que vão investigar as agressões de policiais contra os manifestantes pró-democracia que paralisam a região.
Os Estados Unidos pediram uma "investigação completa", depois que policiais foram filmados agredindo um manifestante.
O secretário de Justiça de Hong Kong, Rimsky Yuen, prometeu durante uma visita a Londres que essas investigações serão realizadas "de forma independente e imparcial".
O ministro da Segurança da ex-colônia britânica, Lai Tung-kwok, anunciou que os policiais foram suspensos depois do incidente, que aconteceu no momento em que as forças de segurança removiam barricadas.
Milhares de pessoas voltaram a se reunir nas últimas horas desta quarta no bairro de Admiralty, uma das áreas ocupadas por integrantes do movimento pró-democracia há maus de duas semanas. Líderes dos manifestantes pediram que os ativistas a reagir pacificamente à violência.
"O principal é que o povo tenha se dado conta de como a polícia se torna corrupta com um governo que não representa o povo de Hong Kong", declarou Kay Wong, um assistente de pesquisa de 25 anos. "Fiquei chocado com a violência da polícia ontem à noite", acrescentou.
Há dois dias, policiais armados tentam retirar das ruas os manifestantes que ocupam três áreas em Hong Kong, aumentando a tensão.
As imagens da agressão, exibidas pelo canal TVB, parecem ter sido gravadas na terça-feira à noite, durante confrontos entre policiais e ativistas que tinham acabado de erguer barricadas.
No vídeo, seis policiais à paisana arrastam um manifestante algemado para uma parte afastada de um parque na região dos ministérios, no bairro de Admiralty.
O manifestante foi obrigado a ficar no chão. Um oficial aparece agredindo a vítima com socos, enquanto outros três chutam o manifestante. A agressão durou quatro minutos.
"A polícia está preocupada com o incidente e abrirá uma investigação imparcial", declarou o ministro da Segurança, acrescentando que "os policiais envolvidos no incidente foram suspensos de suas funções".
O Partido Cívico, um dos movimentos pró-democracia de Hong Kong, identificou a vítima como Ken Tsang, um de seus integrantes.
O líder estudantil Joshua Wong declarou que os manifestantes, que já estavam revoltados depois de terem sido atacados com bombas de gás lacrimogêneo em 28 de setembro, perderam qualquer confiança na polícia.
"O que a polícia deveria ter feito era escoltar o manifestante até a viatura, e não levá-lo para longe, agredi-lo com socos e chutes durante quatro minutos", disse.
A Anistia Internacional também condenou o ataque, considerado "brutal".
Manifestantes e policiais entraram em conflito na manhã desta quarta-feira, quando as forças de segurança começaram a desmantelar uma nova barricada posicionada em um túnel próximo a prédios do governo.
Quarenta e cinco pessoas foram detidas e quatro policiais ficaram feridos, segundo as autoridades.
Os bloqueios de importantes vias iniciados em 28 de setembro afetaram consideravelmente as atividades em Hong Kong e a vida cotidiana dos mais de sete milhões de habitantes do território semiautônomo, que enfrenta sua maior crise política desde a devolução para a China, em 1997.
Em desafio aberto à tutela chinesa, os manifestantes exigem a possibilidade de escolher livremente o próximo chefe do Executivo de Hong Kong, em 2017. Mas o Partido Comunista Chinês teme um contágio das reivindicações para seu território e já deixou claro que não quer abrir mão do controle sobre o processo eleitoral.
jta-ac/ev/dm
Os Estados Unidos pediram uma "investigação completa", depois que policiais foram filmados agredindo um manifestante.
O secretário de Justiça de Hong Kong, Rimsky Yuen, prometeu durante uma visita a Londres que essas investigações serão realizadas "de forma independente e imparcial".
O ministro da Segurança da ex-colônia britânica, Lai Tung-kwok, anunciou que os policiais foram suspensos depois do incidente, que aconteceu no momento em que as forças de segurança removiam barricadas.
Milhares de pessoas voltaram a se reunir nas últimas horas desta quarta no bairro de Admiralty, uma das áreas ocupadas por integrantes do movimento pró-democracia há maus de duas semanas. Líderes dos manifestantes pediram que os ativistas a reagir pacificamente à violência.
"O principal é que o povo tenha se dado conta de como a polícia se torna corrupta com um governo que não representa o povo de Hong Kong", declarou Kay Wong, um assistente de pesquisa de 25 anos. "Fiquei chocado com a violência da polícia ontem à noite", acrescentou.
Há dois dias, policiais armados tentam retirar das ruas os manifestantes que ocupam três áreas em Hong Kong, aumentando a tensão.
As imagens da agressão, exibidas pelo canal TVB, parecem ter sido gravadas na terça-feira à noite, durante confrontos entre policiais e ativistas que tinham acabado de erguer barricadas.
No vídeo, seis policiais à paisana arrastam um manifestante algemado para uma parte afastada de um parque na região dos ministérios, no bairro de Admiralty.
O manifestante foi obrigado a ficar no chão. Um oficial aparece agredindo a vítima com socos, enquanto outros três chutam o manifestante. A agressão durou quatro minutos.
"A polícia está preocupada com o incidente e abrirá uma investigação imparcial", declarou o ministro da Segurança, acrescentando que "os policiais envolvidos no incidente foram suspensos de suas funções".
O Partido Cívico, um dos movimentos pró-democracia de Hong Kong, identificou a vítima como Ken Tsang, um de seus integrantes.
O líder estudantil Joshua Wong declarou que os manifestantes, que já estavam revoltados depois de terem sido atacados com bombas de gás lacrimogêneo em 28 de setembro, perderam qualquer confiança na polícia.
"O que a polícia deveria ter feito era escoltar o manifestante até a viatura, e não levá-lo para longe, agredi-lo com socos e chutes durante quatro minutos", disse.
A Anistia Internacional também condenou o ataque, considerado "brutal".
Manifestantes e policiais entraram em conflito na manhã desta quarta-feira, quando as forças de segurança começaram a desmantelar uma nova barricada posicionada em um túnel próximo a prédios do governo.
Quarenta e cinco pessoas foram detidas e quatro policiais ficaram feridos, segundo as autoridades.
Os bloqueios de importantes vias iniciados em 28 de setembro afetaram consideravelmente as atividades em Hong Kong e a vida cotidiana dos mais de sete milhões de habitantes do território semiautônomo, que enfrenta sua maior crise política desde a devolução para a China, em 1997.
Em desafio aberto à tutela chinesa, os manifestantes exigem a possibilidade de escolher livremente o próximo chefe do Executivo de Hong Kong, em 2017. Mas o Partido Comunista Chinês teme um contágio das reivindicações para seu território e já deixou claro que não quer abrir mão do controle sobre o processo eleitoral.
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