Partido Democrata chega a acordo com Bernie Sanders sobre acesso à base de dados
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Enrique De La Osa/ Reuters
O Comitê Nacional Democrata (CND) suspendeu temporariamente na quinta-feira o acesso da equipe do senador por Vermont, segundo nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Hilary Clinton, considerada favorita das primárias, à base de dados de eleitores do partido, depois que pelo menos um de seus integrantes aproveitou um problema no sistema para observar dados cruciais de Clinton.
A suspensão representou um grande problema para a esperança de Sanders de superar Hillary Clinton na corrida pela indicação, já que o acesso às informações sobre os eleitores a nível nacional é muito importante para planejar estratégias.
Um dia antes de um debate na TV entre ambos, a equipe de Sanders apresentou na sexta-feira uma ação na corte do distrito de Columbia contra o CND. Mas pouco depois o partido anunciou que restabeleceu o direito de Sanders de utilizar a base de dados.
Sanders, um independente que gosta de se apresentar como "socialista democrático", aparece nas pesquisas com mais de 20 de pontos de desvantagem para a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama.
Hillary Clinton, Sanders e o ex-governador de Maryland Martin O'Malley se enfrentam, neste sábado no terceiro debate prévio às primárias. O evento acontecerá no estado de New Hampshire.
O integrante da campanha de Sanders que foi demitido, Josh Uretsky, afirmou ao canal CNN que não tentou espionar os dados de Clinton. Ele disse que percebeu a falha e apenas observou os dados da pré-candidata favorita para ver o quanto estava exposta a campanha de Sanders. Depois, o firewall de proteção voltou a funcionar.
Apesar de Uretsky ter sido o único demitido, o jornal The New York Times informou que foram realizadas buscas com quatro contas de usuários associadas com a campanha de Sanders quando as informações sobre Clinton ficaram expostas.