Coreia do Norte ameaça Seul e EUA com ataque nuclear preventivo

Seul, 7 Mar 2016 (AFP) - A Coreia do Norte ameaçou a Coreia do Sul e os Estados Unidos com um ataque nuclear preventivo, se esses países mantiverem as manobras militares conjuntas marcadas para a segunda-feira.

A ameaça de um "ataque nuclear preventivo em nome da justiça" aparece em uma declaração do Comando Supremo do Exército Popular Coreano, informou nesse domingo (segunda-feira do horário local) a agência oficial norte-coreana KCNA.

Essa advertência acontece alguns dias depois de que o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, ameaçou com recorrer a um ataque nuclear depois que a ONU aumentou as sanções contra seu regime.

A resolução do Conselho de Segurança da ONU foi apresentada pelos EUA e adotada na última quarta-feira por unanimidade, incluindo a China, única aliada da Coreia do Norte, como uma resposta aos testes nucleares e balísticos lançados por Pyongyang.

No comunicado citado pela KCNA, o Comando Supremo do Exército Popular Coreano afirma que essas sanções "escandalosas" levam "essa terra a ferver como um caldeirão de batalha".

No comunicado as manobras militares conjuntas anuais de Washington e Seul são apontadas como "um exercício de guerra nuclear disfarçado". "Este ataque nuclear (...) mostrará claramente aos partidários da agressão e da guerra a força militar da Coreia do Norte", alerta o Comando Supremo.

"Devemos estar sempre prontos, a cada instante, para utilizar nosso arsenal nuclear", declarou na última sexta-feira o líder norte-coreano Kim Jong-un citado pela KCNA.

A retórica belicosa é uma constante do regime mais isolado do mundo quando as tensões aumentam com Seul. Pyongyang dispõe de um pequeno arsenal nuclear, mas os especialistas se dividem quanto a sua capacidade.

"Se apertamos os botões para aniquilar nossos inimigos (...), todos as origens das provocações serão reduzidas em um instante a oceanos de chamas e cinzas", provocou o Comando Supremo do Exército Popular Coreano.

O exercício anual conjunto entre Seul e Washington dura várias semanas, com a participação de milhares de soldados.

Para Pyongyang essas práticas são uma provocação, embora a Coreia do Sul e os Estados Unidos ressaltem sua finalidade defensiva.

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