Polícia chinesa acusa parentes de dissidente por incêndio

Pequim, 29 Mar 2016 (AFP) - A polícia chinesa acusou o pai e dois irmãos de um dissidente chinês que mora no exterior de incêndio criminoso, em uma campanha de repressão após a publicação de uma carta anônima que pedia a renúncia do presidente Xi Jinping.

As autoridades da província de Sichuan anunciaram na rede social Weibo que o pai e dois irmãos de Chang Ping, um jornalista chinês que vive em Berlim, estão detidos por terem provocado um incêndio em um bosque durante uma cerimônia de homenagem aos ancestrais na qual usaram incenso.

"A agência de segurança pública de Xichong abriu uma investigação sobre Zhang (identificado como o pai do dissidente) e seus dois filhos", afirma um comunicado publicado no Sina Weibo.

Os três foram acusados de queimar mais de dois hectares de bosque em um incêndio que demorou uma hora para ser controlado, segundo a polícia.

Chang, conhecido com o nome de Zhang Ping, disse que a detenção de seu pai e de seus irmãos foi provocada pela suspeita das autoridades chinesas sobre sua participação na redação da carta que pede a renúncia de Xi Jinping.

Este é o episódio mais recente de uma campanha de detenções contra pessoas supostamente ligadas à carta anti-Xi Jinping ou contra parentes dos dissidentes.

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