Chade escolhe presidente; atual chefe de Estado é favorito
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Noorullah Shirzada/AFP
O taleban reivindicou a autoria do ataque suicida em Jalalabad. Outro ataque em Ghazni matou outras 12 pessoas
A votação em um dos cinco países mais pobres do mundo começou às 7H00 (3H00 de Brasília).
"Chegou o grande dia. O Chade deve sair engrandecido destas eleições", afirmou o presidente Deby Itno depois de votar na capital N'Djamena.
Os resultados provisórios da votação só devem ser conhecidos dentro de 15 dias.
Seis milhões de eleitores estão registrados no país.
A votação não deve ter surpresas e quase todos esperam a vitória do atual presidente, que tem o apoio decisivo da máquina do Estado e de seu partido, o Movimento Patriótico de Salvação (MPS), dotado de recursos muito superiores aos rivais.
O país é considerado pela ONU um dos cinco mais pobres do mundo. Apesar dos recursos petroleiros explorados desde 2003, metade da população sobrevive abaixo do limite da pobreza, com 70% de analfabetos.
O principal rival de Deby Itno e líder da oposição, Salem Kebzabo, disse que deseja "promover a unidade nacional e a educação".
Entre os demais candidatos à presidência está o ex-primeiro-ministro Joseph Djimrangar Dadnadji, membro do partido governista durante 20 anos. Depois de sair do MPS, ele disse que tem como objetivo combater "o patrimonialismo do poder".
A ideia é uma crítica ao estilo de Idriss Deby Itno, que se cerca de integrantes de sua etnia zaghawa para evitar traições e favorecer os negócios. Estas pessoas ocupam os postos de comando do temido exército chadiano, que atua na região do Sahel contra os islamitas.
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