Grécia e Macedônia trocam acusações por incidentes em Idomeni
Atenas, 11 Abr 2016 (AFP) - A Grécia acusou nesta segunda-feira a Macedônia de fazer uso "excessivo" da força ao repelir os migrantes que tentaram forçar sua fronteira comum em Idomeni, enquanto Skopje criticou a passividade da polícia grega.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, chamou de "vergonhoso" o comportamento das autoridades macedônias, que utilizaram "gás lacrimogêneo e balas de borracha contra pessoas que não representavam ameaça e que não estavam armadas", ressaltou o premiê.
"É uma grande vergonha para a sociedade europeia e para um país que quer fazer parte dela", considerou, afirmando que espera "que os demais países europeus e o Alto Comissariado das Nações Unidas digam algo" a este respeito.
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) indicou que 260 pessoas precisaram sem atendidas pelos incidentes ocorridos no domingo, os mais graves em um mês e meio: 200 por problemas respiratórios, 30 feridos por balas de borracha, e mais 30 com outros ferimentos.
Há um mês e meio, mais de 11.000 refugiados acampam em condições miseráveis na fronteira, pedindo sua abertura. Ela segue fechada desde o início de março, quando os países da chamada rota dos Bálcãs, pela qual os migrantes passavam a caminho da Alemanha, ou do norte da Europa, decidiram fechar suas portas.
Os incidentes começaram pela manhã, quando alguns dos 500 migrantes reunidos junto à barreira fronteiriça para exigir sua abertura tentaram forçar o alambrado e lançaram pedras contra os agentes macedônios. Estes responderam, por sua vez, com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.
Tsipras acusou "supostos voluntários" de agitar os migrantes a forçar a fronteira. "Alguns são estrangeiros e residem em Gevgelija", do lado macedônio da fronteira, assegurou.
A Macedônia respondeu às acusações gregas criticando a passividade da polícia grega. "Durante os incidentes, a polícia grega não tentou intervir nem resolver os incidentes", afirmou o ministério macedônio do Interior em um comunicado.
Tensão nas ilhasApenas dois dos dez migrantes hospitalizados no domingo seguem internados nesta segunda-feira, de acordo com a direção do centro médico.
O aumento da tensão no domingo, o terceiro incidente em Idomeni desde o fechamento da rota dos Bálcãs no final de fevereiro, foi desencadeado por rumores de que a fronteira seria reaberta.
Informadas sobre os boatos, que se espalharam através de folhetos em árabe, as autoridades gregas "duplicaram a presença da polícia" no local, mas não conseguiram conter a multidão, segundo Kyritsis.
Após os confrontos deste domingo, Kyritsis pediu que os migrantes não escutem os rumores e "cooperem com as autoridades gregas para serem transferidos para centros de acolhida".
Por outro lado, cerca de 7.000 refugiados e migrantes que chegaram nas ilhas gregas desde 20 de março, quando entrou em vigor o acordo UE-Turquia para expulsá-los de volta a este país, seguem bloqueados.
O acordo em questão também se aplica aos refugiados sírios que não puderem provar que correm perigo na Síria, país em guerra.
Entre domingo e segunda apenas 18 entradas foram registradas nas ilhas, de acordo com Atenas, após um naufrágio no sábado de um barco procedente da costa turca. No naufrágio, cinco migrantes morreram, incluindo uma criança, e quatro continuam desaparecidos.
A tensão é recorrente nos campos de acolhida de migrantes nas ilhas, onde os recém-chegados são rápidos em pedir asilo para evitar ou pelo menos atrasar a sua expulsão para a Turquia.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, chamou de "vergonhoso" o comportamento das autoridades macedônias, que utilizaram "gás lacrimogêneo e balas de borracha contra pessoas que não representavam ameaça e que não estavam armadas", ressaltou o premiê.
"É uma grande vergonha para a sociedade europeia e para um país que quer fazer parte dela", considerou, afirmando que espera "que os demais países europeus e o Alto Comissariado das Nações Unidas digam algo" a este respeito.
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) indicou que 260 pessoas precisaram sem atendidas pelos incidentes ocorridos no domingo, os mais graves em um mês e meio: 200 por problemas respiratórios, 30 feridos por balas de borracha, e mais 30 com outros ferimentos.
Há um mês e meio, mais de 11.000 refugiados acampam em condições miseráveis na fronteira, pedindo sua abertura. Ela segue fechada desde o início de março, quando os países da chamada rota dos Bálcãs, pela qual os migrantes passavam a caminho da Alemanha, ou do norte da Europa, decidiram fechar suas portas.
Os incidentes começaram pela manhã, quando alguns dos 500 migrantes reunidos junto à barreira fronteiriça para exigir sua abertura tentaram forçar o alambrado e lançaram pedras contra os agentes macedônios. Estes responderam, por sua vez, com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.
Tsipras acusou "supostos voluntários" de agitar os migrantes a forçar a fronteira. "Alguns são estrangeiros e residem em Gevgelija", do lado macedônio da fronteira, assegurou.
A Macedônia respondeu às acusações gregas criticando a passividade da polícia grega. "Durante os incidentes, a polícia grega não tentou intervir nem resolver os incidentes", afirmou o ministério macedônio do Interior em um comunicado.
Tensão nas ilhasApenas dois dos dez migrantes hospitalizados no domingo seguem internados nesta segunda-feira, de acordo com a direção do centro médico.
O aumento da tensão no domingo, o terceiro incidente em Idomeni desde o fechamento da rota dos Bálcãs no final de fevereiro, foi desencadeado por rumores de que a fronteira seria reaberta.
Informadas sobre os boatos, que se espalharam através de folhetos em árabe, as autoridades gregas "duplicaram a presença da polícia" no local, mas não conseguiram conter a multidão, segundo Kyritsis.
Após os confrontos deste domingo, Kyritsis pediu que os migrantes não escutem os rumores e "cooperem com as autoridades gregas para serem transferidos para centros de acolhida".
Por outro lado, cerca de 7.000 refugiados e migrantes que chegaram nas ilhas gregas desde 20 de março, quando entrou em vigor o acordo UE-Turquia para expulsá-los de volta a este país, seguem bloqueados.
O acordo em questão também se aplica aos refugiados sírios que não puderem provar que correm perigo na Síria, país em guerra.
Entre domingo e segunda apenas 18 entradas foram registradas nas ilhas, de acordo com Atenas, após um naufrágio no sábado de um barco procedente da costa turca. No naufrágio, cinco migrantes morreram, incluindo uma criança, e quatro continuam desaparecidos.
A tensão é recorrente nos campos de acolhida de migrantes nas ilhas, onde os recém-chegados são rápidos em pedir asilo para evitar ou pelo menos atrasar a sua expulsão para a Turquia.