A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira (29) analisar novamente o sensível tema da discriminação positiva para o ingresso nas universidades, o que prevê uma importante decisão sobre o sistema de cotas raciais no ensino superior.

Pela segunda vez em três anos, o Supremo examinará o recurso apresentado por uma jovem branca, Abigail Fisher, que afirma ter sido impedida de entrar na Universidade do Texas por sua cor de pele.

O Supremo analisou o tema pela primeira vez em outubro de 2012, mas após oito meses de deliberações deixou a decisão com uma corte de apelações do Texas, sugerindo que a decisão judicial de validar as cotas raciais no processo de admissão na universidade não estava suficientemente argumentada.

Nesta segunda-feira, o Supremo anunciou que voltará a abordar o tema no outono (boreal) de 2015.

A corte de apelações do Texas concluiu em julho passado que proibir à Universidade do Texas o recurso ao critério de origem étnica para determinar o ingresso na universidade afetaria negativamente a diversidade.

"A decisão da Suprema Corte de abordar este caso (novamente) sugere que isto pode terminar em novas e fortes limitações à discriminação positiva no processo de admissão na universidade", estimou Ilya Somin, professor de direito na George Mason University.

É provável que "os cinco juízes mais conservadores" do Supremo opinem que não é a universidade que deve tomar este tipo de decisão.