Sana, 4 Jul 2015 (AFP) - A aviação da coalizão árabe que opera no Iêmen sob o comando da Arábia Saudita bombardeou uma instalação para a fabricação de foguetes e munições, matando 23 pessoas, disseram autoridades e fontes tribais neste sábado.

A fábrica, localizada em Saqayn, uma cidade perto de Saada - reduto dos rebeldes xiitas huthis no norte do Iêmen - foi alvo de ataques aéreos na madrugada deste sábado, de acordo com estas fontes.

Na capital Sanaa, aviões de combate da coalizão lançaram antes do amanhecer quatro ataques contra um depósito de armas, provocando explosões, e cinco outros contra a sede da defesa antiaérea, de acordo com testemunhas.

Outro ataque aéreo da coalizão em Sanaa teve como alvo a residência do presidente do Iêmen no exílio, segundo fontes próximas aos rebeldes, que relataram várias mortes entre os insurgentes.

A residência de Abd Rabbo Mansour Hadi está nas mãos dos huthis desde que conquistaram a capital, no mês de março.

No sul do Iêmen, 23 rebeldes foram mortos na sexta-feira à noite em Áden, em combates com as forças pró-governamentais e ataques aéreos da coalizão, enquanto outros dois foram mortos na explosão de uma bomba perto de Ataq, capital da província de Shabwa, segundo fontes militares.

Em Áden, a situação é considerada catastrófica: a população carece de alimentos, enquanto doenças como a malária, febre tifoide e dengue, têm se espalhado com a deterioração das condições sanitárias.

Os huthis, apoiados pelas unidades militares leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, conquistaram desde julho de 2014 grandes partes do Iêmen.

Em 26 de março, a Arábia Saudita assumiu a liderança de uma coalizão árabe para impedir os insurgentes de tomar o controle de todo o país.

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