Patrulha boicota visita de Donald Trump à fronteira com o México

Em Nova York

  • Marco Ugarte/AP

    Trump ganhou boneco para "piñata" após fazer comentários ofensivos contra mexicanos

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O bilionário candidato republicano à Casa Branca Donald Trump provocou uma nova polêmica, desta vez com o sindicato de patrulheiros de fronteira dos Estados Unidos, antes de uma visita planejada para esta quinta-feira (23) a uma cidade no Texas (sul), na fronteira com o México.

O conselho local 2455 do sindicato de patrulhas de fronteira, com sede em Laredo, indicou em um comunicado que não participaria em qualquer um dos eventos organizados por Trump, que visita a região após declarações polêmicas contra os mexicanos que provocaram a ira dos latinos.

O boicote ao magnata foi decidido após consultas junto ao Conselho Nacional de Patrulhas de Fronteiras (NBPC).

"Não se enganem, a nossa fronteira com o México não é segura e não há dúvida de que temos de ter uma discussão honesta sobre isso com o povo americano", indicou o sindicato.

Trump, que é apontado como o líder entre os candidatos republicanos, reagiu imediatamente acusando o NBPC de "pressionar" e "silenciar" o conselho local de Laredo depois de este ter feito o convite ao pré-candidato, de acordo com um comunicado de seu comitê de campanha.

"Apesar do grande perigo, Trump está viajando a Laredo, Texas, para realizar uma visita da fronteira", acrescentou a equipe do bilionário.

Desde o lançamento de sua candidatura em meados de junho, Trump optou por um estilo muito provocador, e a primeira coisa que fez foi descrever os mexicanos que entram ilegalmente nos Estados Unidos como traficantes de drogas, criminosos e violadores.

"Quando o México envia o seu povo, não envia os melhores. Os que veem trazem drogas, crime e agressores", disse ele.

A onda de rejeição foi imediata. A Univision, emissora líder entre os latinos e um dos canais mais vistos nos Estados Unidos, rompeu com a organização do Miss Universo de Trump, que também perdeu negócios com a NBC e lojas Macy's.

Um mês depois, no último sábado, atacou John McCain, senador, ex-piloto e prisioneiro de guerra no Vietnã, afirmando que o político "não era um herói" e que ele "gosta de pessoas que não foram capturadas".

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