Exército israelense mata palestino na Cisjordânia

Hebrom, Territórios palestinos, 23 Jul 2015 (AFP) - O exército israelense matou nesta quinta-feira um palestino durante uma operação na Cisjordânia ocupada, o segundo em 24 horas, indicou um funcionário de um hospital e vizinhos.

Fallah Abu Maria, de 50 anos, foi baleado no peito em sua casa na aldeia de Beit Omar, perto da cidade de Hebron, segundo os vizinhos.

Desceu as escadas para ver o que acontecia no momento em que o exército invadiu sua casa para prender seu filho Mohamed, acrescentaram.

O hospital indicou que o filho de 24 anos estava sendo tratado depois de ter sido baleado na perna.

O exército israelense não confirmou a morte de um palestino, apenas que houve um ferido.

Uma porta-voz do exército declarou que durante a operação para deter Mohamed, procurado por supostos crimes vinculados à segurança, as tropas "foram atacadas por um grupo violento".

Acrescentou que um homem atacou um soldado, que em resposta atirou em sua perna. O ferido foi transferido ao hospital, disse o porta-voz, sem informar sua identidade.

"Enquanto as forças saíam do lugar foram atacadas por um grupo violento que lançou pedras e tijolos", disse. "As forças responderam com disparos contra o principal instigador".

Um soldado ficou levemente ferido.

Os movimentos islamitas Hamas e Jihad Islâmica prometeram nesta quinta-feira vingança após a morte de Fallah.

"Consideramos que as forças de ocupação sionistas são as únicas responsáveis pelo assassinato a sangue frio do mártir Fallah Abu Maria", disseram em um comunicado comum.

Os dois movimentos ressaltaram "o direito de (seu) povo à autodefesa e a responder aos crimes do ocupante por todos os meios possíveis e disponíveis".

Estas mortes buscam "criar um clima de tensão na região", afirmou por sua vez o porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, citado pela agência Wafa.

Na quarta-feira, o exército matou com um tiro no peio Mohamed Alawné, de 22 anos, em confrontos que ocorreram após uma operação israelense em várias casas em Birqin, perto da cidade de Jenín.

As autoridades israelenses afirmam que estas operações são necessárias para deter suspeitos e que os soldados enfrentam atos violentos durante as mesmas, enquanto os palestinos criticam estas operações nos territórios palestinos.

Mais de uma dezena de palestinos foram abatidos pelo exército israelense na Cisjordânia desde o início do ano, segundo a ONU.

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