Novas negociações anunciadas no Iêmen; ataque sangrento contra mercado
Sana, 11 Set 2015 (AFP) - As autoridades do Iêmen anunciaram nesta sexta-feira sua participação, na próxima semana, em novas negociações para resolver o conflito no país, palco neste mesmo dia de um sangrento ataque rebelde em um mercado muito movimentado.
Os rebeldes xiitas não confirmaram sua presença nestas negociações, mas o mediador da ONU, Ismail Ahmed Uld Sheikh, afirmou na quinta-feira que todos os protagonistas aceitaram participar.
O mediador saudou "o compromisso do governo do Iêmen, dos huthis e do Congresso Popular Geral (partidários do ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh) de participar" das negociações.
As negociações têm por objetivo "alcançar um cessar-fogo e uma transição política pacífica" e "criar um marco para um acordo sobre um mecanismo que permita aplicar a resolução 2216", indicou o mediador.
O porta-voz do departamento americano de Estado John Kirby celebrou a decisão afirmando que "a crise no Iêmen deve ser resolvida de forma pacífica e pela via política". "Todas as partes devem voltar à mesa de negociações o mais cedo possível e chegar a uma solução que acabe com o sofrimento do povo iemenita".
Em um comunicado publicado na noite de quinta-feira, o presidente do governo iemenita reconhecido internacionalmente, Abd Rabo Mansur Hadi, lembrou que a retirada dos rebeldes das zonas conquistadas desde o ano passado, como prevê esta resolução das Nações Unidas, continua sendo uma condição prévia para as negociações.
Esta resolução da ONU prevê a retirada dos rebeldes huthis e de seus aliados, os militares que permanecem fiéis ao ex-presidente Saleh. Os huthis xiitas têm o apoio do Irã, a potência regional xiita.
Para apoiar o atual presidente, Abd Rabo Mansur Hadi, a Arábia Saudita sunita liderou desde março uma campanha militar árabe para impedir que os huthis tomem o controle total do Iêmen.
Os esforços diplomáticos anteriores para tentar colocar fim aos mais de cinco meses de guerra no Iêmen não deram resultado e a coalizão liderada pela Arábia Saudita para apoiar Hadi realizou bombardeios aéreos quase diários contra os rebeldes.
Ataque sangrentoNo campo militar, os combates e os bombardeios continuavam sendo intensos.
Além disso, ao menos 20 civis morreram nesta sexta-feira na explosão de foguetes disparados por rebeldes xiitas contra um mercado da cidade de Marib, a leste de Sanaa, informaram testemunhas e socorristas.
Dezenas de pessoas ficaram feridas no mercado, muito movimentado pelo fato de sexta-feira ser um dia de descanso semanal.
"Vinte civis morreram e outras dezenas ficaram feridos", indicou uma fonte médica.
Testemunhas também afirmaram sobre a presença de dezenas de feridos.
Horas antes, um ataque aéreo da aviação da coalizão liderada pela Arábia Saudita que apoia o governo no exílio havia provocado a morte de sete supostos rebeldes no leste da capital, uma zona controlada pelos insurgentes.
Nesta sexta-feira, novos reforços de homens e material militar foram levados ao Iêmen. Segundo um correspondente da AFP no posto fronteiriço de Al-Wadia, entre Iêmen e Arábia Saudita, ao menos 40 veículos militares atravessaram a fronteira em direção a Marib.
Tropas iemenitas treinadas na Arábia Saudita, assim como militares de países da coalizão, cuja nacionalidade não foi informada, também estavam a bordo dos veículos de transporte de tropas.
jj-lyn/tp/hj/erl-dmc/me/eg/ma
Os rebeldes xiitas não confirmaram sua presença nestas negociações, mas o mediador da ONU, Ismail Ahmed Uld Sheikh, afirmou na quinta-feira que todos os protagonistas aceitaram participar.
O mediador saudou "o compromisso do governo do Iêmen, dos huthis e do Congresso Popular Geral (partidários do ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh) de participar" das negociações.
As negociações têm por objetivo "alcançar um cessar-fogo e uma transição política pacífica" e "criar um marco para um acordo sobre um mecanismo que permita aplicar a resolução 2216", indicou o mediador.
O porta-voz do departamento americano de Estado John Kirby celebrou a decisão afirmando que "a crise no Iêmen deve ser resolvida de forma pacífica e pela via política". "Todas as partes devem voltar à mesa de negociações o mais cedo possível e chegar a uma solução que acabe com o sofrimento do povo iemenita".
Em um comunicado publicado na noite de quinta-feira, o presidente do governo iemenita reconhecido internacionalmente, Abd Rabo Mansur Hadi, lembrou que a retirada dos rebeldes das zonas conquistadas desde o ano passado, como prevê esta resolução das Nações Unidas, continua sendo uma condição prévia para as negociações.
Esta resolução da ONU prevê a retirada dos rebeldes huthis e de seus aliados, os militares que permanecem fiéis ao ex-presidente Saleh. Os huthis xiitas têm o apoio do Irã, a potência regional xiita.
Para apoiar o atual presidente, Abd Rabo Mansur Hadi, a Arábia Saudita sunita liderou desde março uma campanha militar árabe para impedir que os huthis tomem o controle total do Iêmen.
Os esforços diplomáticos anteriores para tentar colocar fim aos mais de cinco meses de guerra no Iêmen não deram resultado e a coalizão liderada pela Arábia Saudita para apoiar Hadi realizou bombardeios aéreos quase diários contra os rebeldes.
Ataque sangrentoNo campo militar, os combates e os bombardeios continuavam sendo intensos.
Além disso, ao menos 20 civis morreram nesta sexta-feira na explosão de foguetes disparados por rebeldes xiitas contra um mercado da cidade de Marib, a leste de Sanaa, informaram testemunhas e socorristas.
Dezenas de pessoas ficaram feridas no mercado, muito movimentado pelo fato de sexta-feira ser um dia de descanso semanal.
"Vinte civis morreram e outras dezenas ficaram feridos", indicou uma fonte médica.
Testemunhas também afirmaram sobre a presença de dezenas de feridos.
Horas antes, um ataque aéreo da aviação da coalizão liderada pela Arábia Saudita que apoia o governo no exílio havia provocado a morte de sete supostos rebeldes no leste da capital, uma zona controlada pelos insurgentes.
Nesta sexta-feira, novos reforços de homens e material militar foram levados ao Iêmen. Segundo um correspondente da AFP no posto fronteiriço de Al-Wadia, entre Iêmen e Arábia Saudita, ao menos 40 veículos militares atravessaram a fronteira em direção a Marib.
Tropas iemenitas treinadas na Arábia Saudita, assim como militares de países da coalizão, cuja nacionalidade não foi informada, também estavam a bordo dos veículos de transporte de tropas.
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