Colômbia e Venezuela chegam a acordo para normalizar relações
Quito, 22 Set 2015 (AFP) - Colômbia e Venezuela concordaram, nesta segunda-feira, em restabelecer o diálogo diplomático e a "normalização progressiva" da fronteira, ao término de um encontro em Quito dos presidentes Nicolás Maduro e Juan Manuel Santos.
Os presidentes de Colômbia e Venezuela chegaram a um acordo sobre "o retorno imediato dos respectivos embaixadores (...) e a progressiva normalização da fronteira", segundo a declaração conjunta lida pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, que facilitou o encontro Santos-Maduro.
O governante equatoriano e seu colega uruguaio, Tabaré Vázquez, mediaram o encontro entre Santos e Maduro, que se estendeu por cinco horas e terminou com um convênio que parece pôr fim à crise bilateral que explodiu em 19 de agosto.
O acordo prevê que os dois países façam uma "investigação da situação da fronteira" de 2.219 km, após o fechamento parcial ordenado por Caracas. O gatilho da crise foi um ataque a uma patrulha venezuelana que deixou três feridos.
O chefe de Estado venezuelano culpou paramilitares colombianos envolvidos no narcotráfico pela ação e empreendeu uma cruzada para sanear a fronteira do milionário contrabando de mercadorias, principalmente de gasolina, e que é estimulado pelas enormes diferenças de preços entre os países.
Desde então, foram deportados 1.532 colombianos, e 18.377 voltaram para seu país de origem por medo de serem expulsos, segundo números da ONU.
Em função do êxodo de seus cidadãos, a Colômbia denunciou "um drama humanitário", agravado - segundo Bogotá - por violações aos direitos humanos por parte das autoridades venezuelanas.
Graças ao acordo anunciado hoje, "as equipes de ministros" se reunirão na quarta-feira em Caracas para "tratar dos temas sensíveis da fronteira".
"Triunfou a sensatez, o diálogo e o que deve triunfar sempre: a paz, a paz entre os nossos países", declarou Maduro, durante um encontro com a imprensa, sem espaço para perguntas.
Santos saudou o retorno dos embaixadores a Bogotá e Caracas, após serem chamados para consulta em 27 de agosto.
"Aqui prevaleceu, como diz o presidente Maduro, a sensatez. Esta foi uma discussão, um diálogo sereno, respeitoso e produtivo e me agrada, muitíssimo, poder restabelecer este diálogo com a Venezuela, porque dissemos isso tantas vezes: quando dois presidentes têm diferenças quem sofre é o povo", destacou o presidente colombiano.
Santos reconheceu o "direito" da Venezuela de impor controles na zona da fronteira e recordou que exigiu apenas o "respeito aos direitos dos colombianos" que foram deportados ou se viram forçados a partir.
O presidente disse entender a preocupação de Maduro com os traficantes de drogas e contrabandistas que agem na fronteira comum, e garantiu que seu governo está interessado em combater estas máfias em um esforço conjunto com as autoridades em Caracas.
Santos aproveitou o encontro para agradecer o papel desempenhado pela Venezuela nas negociações em Havana entre seu governo e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), nas quais Caracas atua como avalista.
Os dois líderes agradeceram finalmente as gestões de Equador e Uruguai, que conseguiram o que parecia muito difícil há alguns dias: reunir em torno da mesma mesa Santos e Maduro.
Os presidentes de Colômbia e Venezuela chegaram a um acordo sobre "o retorno imediato dos respectivos embaixadores (...) e a progressiva normalização da fronteira", segundo a declaração conjunta lida pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, que facilitou o encontro Santos-Maduro.
O governante equatoriano e seu colega uruguaio, Tabaré Vázquez, mediaram o encontro entre Santos e Maduro, que se estendeu por cinco horas e terminou com um convênio que parece pôr fim à crise bilateral que explodiu em 19 de agosto.
O acordo prevê que os dois países façam uma "investigação da situação da fronteira" de 2.219 km, após o fechamento parcial ordenado por Caracas. O gatilho da crise foi um ataque a uma patrulha venezuelana que deixou três feridos.
O chefe de Estado venezuelano culpou paramilitares colombianos envolvidos no narcotráfico pela ação e empreendeu uma cruzada para sanear a fronteira do milionário contrabando de mercadorias, principalmente de gasolina, e que é estimulado pelas enormes diferenças de preços entre os países.
Desde então, foram deportados 1.532 colombianos, e 18.377 voltaram para seu país de origem por medo de serem expulsos, segundo números da ONU.
Em função do êxodo de seus cidadãos, a Colômbia denunciou "um drama humanitário", agravado - segundo Bogotá - por violações aos direitos humanos por parte das autoridades venezuelanas.
Graças ao acordo anunciado hoje, "as equipes de ministros" se reunirão na quarta-feira em Caracas para "tratar dos temas sensíveis da fronteira".
"Triunfou a sensatez, o diálogo e o que deve triunfar sempre: a paz, a paz entre os nossos países", declarou Maduro, durante um encontro com a imprensa, sem espaço para perguntas.
Santos saudou o retorno dos embaixadores a Bogotá e Caracas, após serem chamados para consulta em 27 de agosto.
"Aqui prevaleceu, como diz o presidente Maduro, a sensatez. Esta foi uma discussão, um diálogo sereno, respeitoso e produtivo e me agrada, muitíssimo, poder restabelecer este diálogo com a Venezuela, porque dissemos isso tantas vezes: quando dois presidentes têm diferenças quem sofre é o povo", destacou o presidente colombiano.
Santos reconheceu o "direito" da Venezuela de impor controles na zona da fronteira e recordou que exigiu apenas o "respeito aos direitos dos colombianos" que foram deportados ou se viram forçados a partir.
O presidente disse entender a preocupação de Maduro com os traficantes de drogas e contrabandistas que agem na fronteira comum, e garantiu que seu governo está interessado em combater estas máfias em um esforço conjunto com as autoridades em Caracas.
Santos aproveitou o encontro para agradecer o papel desempenhado pela Venezuela nas negociações em Havana entre seu governo e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), nas quais Caracas atua como avalista.
Os dois líderes agradeceram finalmente as gestões de Equador e Uruguai, que conseguiram o que parecia muito difícil há alguns dias: reunir em torno da mesma mesa Santos e Maduro.