ONGs defendem integração de refugiados sírios em países de acolhida

Sweimeh, Jordanie, 9 Nov 2015 (AFP) - Sete organizações humanitárias, incluindo Oxfam e Save the Children, lançaram um apelo nesta segunda-feira à comunidade internacional para adotar um plano "verdadeiramente ambicioso" para promover o trabalho de refugiados sírios nos países de acolhimento na região.

O plano propõe "aumentar os investimentos nos países vizinhos da Síria, que abrigam mais de 4 milhões de refugiados, e acabar com as restrições que impedem os refugiados de trabalhar ou, em alguns casos, viver em legalidade", disseram as organizações.

"O plano deve, ao mesmo tempo, proteger e melhorar seu direito de requerer asilo", acrescentaram em um relatório divulgado à margem de uma conferência sobre a guerra na Síria organizado em Sweimeh (Jordânia), às margens do Mar Morto.

"Muitos refugiados estão condenados a viver num limbo legal, frente a um arsenal de restrições que os mantêm em constante medo de prisão e deportação", explica Jan Egeland, secretário-geral do Conselho Norueguês de Refugiados (NRC).

"Suas condições de vida estão se deteriorando terrivelmente e, reduzidos à última extremidade, os refugiados decidem cada vez mais retornar para a zona de guerra de onde haviam fugido ou arriscam suas vidas para entrar na Europa", ressaltou.

Andy Baker, funcionário da Oxfam, indicou à AFP que a assistência humanitária não é mais suficiente.

Ele pediu aos países ricos para investir nos países de acolhimento da região, "para que possam modernizar suas economias e criar novas oportunidades para as comunidades anfitriãs e para os refugiados sírios".

O ministro jordaniano do Planejamento, Imad al-Fakhoury, afirmou que seu país precisava de US$ 8 bilhões até 2018 para ser capaz de apoiar os refugiados sírios.

Segundo o ministro, o conflito na Síria custou ao reino 6,6 bilhões desde 2011.

A Síria tem pelo menos 7,6 milhões de deslocadas no seu território e 422.000 civis cercados pelos beligerantes, segundo a ONU.

Quatro milhões de outros fugiram do conflito desde 2011, especialmente para os países vizinhos, como a Jordânia, Líbano e Turquia.

Segundo o ACNUR, a Jordânia abriga mais de 600.000 sírios. O governo jordaniano estima este número em mais de 1,4 milhão.

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