França: se não houver acordo entre facções na Líbia, EI será vitorioso
Paris, 22 Nov 2015 (AFP) - O ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, pediu neste domingo para que as facções líbias rivais de Trípoli e Tobruk cheguem a um acordo para formar um governo de unidade nacional e detenha a expansão do grupo Estado Islâmico (EI) na Líbia.
"Precisamos chegar a um acordo interlíbio entre essas duas facções, caso contrário será a vitória" do EI, disse o ministro em declarações à emissora Europe 1.
"Há urgência" na Líbia porque o EI "toma territórios a partir de Sirte e tenta tomar os recursos petroleiros", disse, nove dias após os atentados de Paris, reivindicados pelo EI e que deixaram 130 mortos.
Para atingir esse objetivo, a França encoraja os países da região, da Argélia ao Egito, também expostos à ameaça do EI a usar a sua influência para convencer os líbios a negociarem e chegarem a um acordo.
"A Tunísia é vizinha, o Egito é vizinho, a Argélia está diretamente envolvida, o Níger, o Chade...". "É necessário que esses países organizem o fórum que se impõe, com o apoio das instâncias internacionais e da ONU, para permitir um acordo intra-líbio", apontou Le Drian.
"É necessário que os líbios se deem conta de que se seguirem essa lógica (de enfrentamentos), esta será suicida. Eles têm os meios, reunindo suas forças, e de erradicar" da Líbia o Estado Islâmico, reiterou o ministro.
A "solução política é possível desde que todos os atores líbios tomem consciência dos riscos que a situação atual representa", disse.
As negociações entre os dois campos líbios seguem bloqueadas, após meses de mediação da ONU, na origem dos interesses dos diferentes clãs e tribos.
A Líbia vive submersa no caos desde a queda do regime de Muammar Gaddafi em outubro de 2011. Desde agosto de 2014, o país tem dois governos que disputam o poder, um baseado em Trípoli e outro, o único reconhecido internacionalmente, em Tobruk, no leste.
Em entrevista concedida à AFP na terça-feira, o ministro líbio das Relações Exteriores do poder internacionalmente reconhecido, Mohamed Dayri, afirmou que o governo tem "informações confiáveis segundo as quais o comando do EI pede aos novos recrutados que se dirijam para a Líbia em vez da Síria", sobretudo depois que a Rússia começou sua campanha de bombardeios em apoio ao regime sírio de Bashar al-Assad, no final de setembro.
Dayri estimou que o número de combatentes do EI na Líbia é agora por volta de 4.000 a 5.000. Afirmou que, entre eles, os principais contingentes são de tunisianos, sudaneses e iemenitas.
Em 14 de novembro, os Estados Unidos bombardearam pela primeira vez o grupo na Líbia, matando o iraquiano Abú Nabil, considerado como o chefe do EI no país.
"Precisamos chegar a um acordo interlíbio entre essas duas facções, caso contrário será a vitória" do EI, disse o ministro em declarações à emissora Europe 1.
"Há urgência" na Líbia porque o EI "toma territórios a partir de Sirte e tenta tomar os recursos petroleiros", disse, nove dias após os atentados de Paris, reivindicados pelo EI e que deixaram 130 mortos.
Para atingir esse objetivo, a França encoraja os países da região, da Argélia ao Egito, também expostos à ameaça do EI a usar a sua influência para convencer os líbios a negociarem e chegarem a um acordo.
"A Tunísia é vizinha, o Egito é vizinho, a Argélia está diretamente envolvida, o Níger, o Chade...". "É necessário que esses países organizem o fórum que se impõe, com o apoio das instâncias internacionais e da ONU, para permitir um acordo intra-líbio", apontou Le Drian.
"É necessário que os líbios se deem conta de que se seguirem essa lógica (de enfrentamentos), esta será suicida. Eles têm os meios, reunindo suas forças, e de erradicar" da Líbia o Estado Islâmico, reiterou o ministro.
A "solução política é possível desde que todos os atores líbios tomem consciência dos riscos que a situação atual representa", disse.
As negociações entre os dois campos líbios seguem bloqueadas, após meses de mediação da ONU, na origem dos interesses dos diferentes clãs e tribos.
A Líbia vive submersa no caos desde a queda do regime de Muammar Gaddafi em outubro de 2011. Desde agosto de 2014, o país tem dois governos que disputam o poder, um baseado em Trípoli e outro, o único reconhecido internacionalmente, em Tobruk, no leste.
Em entrevista concedida à AFP na terça-feira, o ministro líbio das Relações Exteriores do poder internacionalmente reconhecido, Mohamed Dayri, afirmou que o governo tem "informações confiáveis segundo as quais o comando do EI pede aos novos recrutados que se dirijam para a Líbia em vez da Síria", sobretudo depois que a Rússia começou sua campanha de bombardeios em apoio ao regime sírio de Bashar al-Assad, no final de setembro.
Dayri estimou que o número de combatentes do EI na Líbia é agora por volta de 4.000 a 5.000. Afirmou que, entre eles, os principais contingentes são de tunisianos, sudaneses e iemenitas.
Em 14 de novembro, os Estados Unidos bombardearam pela primeira vez o grupo na Líbia, matando o iraquiano Abú Nabil, considerado como o chefe do EI no país.