Exército sírio mata liderança de principal grupo rebelde de Damasco
Beirute, 25 dez 2015 (AFP) - A liderança do principal movimento rebelde de Damasco, o Jaish al-Islam, foi dizimada nesta sexta-feira por um bombardeio do Exército sírio que matou Zahran Alloush e ao menos outros cinco comandantes do grupo, informaram diversas fontes.
Zahran Alloush, 44, era o principal chefe do Jaish al-Islam (Exército do Islã), e sua morte foi confirmada pelo regime em Damasco, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) e a Coalizão Nacional Síria (CNS), a primeira força da oposição no exílio.
O líder "Zahran Alloush, chefe do Jaish al-Islam, e outros cinco dirigentes do grupo morreram" nos bombardeios aéreos no subúrbio de Damasco, destacou o OSDH.
Um dos dirigentes do grupo disse à AFP que Alloush "morreu em um ataque contra a localidade de Al Marj, em Ghuta oriental, junto a comandantes do Jaish al-Islam". "Três aviões dispararam contra uma reunião secreta" do comando.
Um porta-voz do Exército sírio confirmou o ataque e exibiu vídeos da ação na TV.
Segundo um oficial do regime, o ataque foi realizado por dois aviões sírios com mísseis fornecidos por Moscou e atingiu uma reunião cujo objetivo era reorganizar as forças rebeldes após a queda da localidade de Marj al-Sultan.
O militar garantiu que o bombardeio matou 12 dirigentes do Jaish al-Islam e sete do Ahrar al-Sham, além de dezenas de guarda-costas dos dois grupos rebeldes.
Trata-se de "uma das perdas mais significativas" para a oposição síria, disse o analista Charles Lister.
Apoiado por Riad, o Jaish al-Islam controla a maior parte da periferia leste da capital, bombardeada regularmente pelas forças do regime e pela aviação russa.
O governo de Bashar al Assad o qualifica com frequência de grupo "terrorista".
Alloush era filho de um pregador salafista que vive na Arábia Saudita. Detido pelo regime sírio em 2009, foi libertado em junho de 2011 com base em uma anistia geral, três meses após o início do conflito que já deixou mais de 250 mil mortos.
O Jaish al-Islam, de inspiração salafista, é profundamente antialauita (confissão do presidente Bashar al Assad). Embora a princípio tenha se mostrado defensor da implantação de um Estado islâmico, recentemente havia adotado uma retórica mais moderada.
Hostil ao grupo Estado Islâmico (EI), em julho sua organização foi criticada por registrar em vídeo a execução de cerca de 20 jihadistas, reproduzindo uma prática macabra que se tornou marca registrada do EI; e em novembro utilizou civis alauitas e soldados do regime como escudos humanos para evitar bombardeios do regime.
A morte de Allush ocorre após o Exército sírio, que desde 30 de setembro conta com o apoio da aviação russa, anunciar uma grande ofensiva para retomar o controle desta região rebelde.
O Jaish al-Islam participou da reunião entre os principais grupos de oposição na Arábia Saudita, no início de dezembro, quando foi anunciado um acordo para iniciar conversações com Damasco vinculado a saída de Assad do poder.
Zahran Alloush, 44, era o principal chefe do Jaish al-Islam (Exército do Islã), e sua morte foi confirmada pelo regime em Damasco, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) e a Coalizão Nacional Síria (CNS), a primeira força da oposição no exílio.
O líder "Zahran Alloush, chefe do Jaish al-Islam, e outros cinco dirigentes do grupo morreram" nos bombardeios aéreos no subúrbio de Damasco, destacou o OSDH.
Um dos dirigentes do grupo disse à AFP que Alloush "morreu em um ataque contra a localidade de Al Marj, em Ghuta oriental, junto a comandantes do Jaish al-Islam". "Três aviões dispararam contra uma reunião secreta" do comando.
Um porta-voz do Exército sírio confirmou o ataque e exibiu vídeos da ação na TV.
Segundo um oficial do regime, o ataque foi realizado por dois aviões sírios com mísseis fornecidos por Moscou e atingiu uma reunião cujo objetivo era reorganizar as forças rebeldes após a queda da localidade de Marj al-Sultan.
O militar garantiu que o bombardeio matou 12 dirigentes do Jaish al-Islam e sete do Ahrar al-Sham, além de dezenas de guarda-costas dos dois grupos rebeldes.
Trata-se de "uma das perdas mais significativas" para a oposição síria, disse o analista Charles Lister.
Apoiado por Riad, o Jaish al-Islam controla a maior parte da periferia leste da capital, bombardeada regularmente pelas forças do regime e pela aviação russa.
O governo de Bashar al Assad o qualifica com frequência de grupo "terrorista".
Alloush era filho de um pregador salafista que vive na Arábia Saudita. Detido pelo regime sírio em 2009, foi libertado em junho de 2011 com base em uma anistia geral, três meses após o início do conflito que já deixou mais de 250 mil mortos.
O Jaish al-Islam, de inspiração salafista, é profundamente antialauita (confissão do presidente Bashar al Assad). Embora a princípio tenha se mostrado defensor da implantação de um Estado islâmico, recentemente havia adotado uma retórica mais moderada.
Hostil ao grupo Estado Islâmico (EI), em julho sua organização foi criticada por registrar em vídeo a execução de cerca de 20 jihadistas, reproduzindo uma prática macabra que se tornou marca registrada do EI; e em novembro utilizou civis alauitas e soldados do regime como escudos humanos para evitar bombardeios do regime.
A morte de Allush ocorre após o Exército sírio, que desde 30 de setembro conta com o apoio da aviação russa, anunciar uma grande ofensiva para retomar o controle desta região rebelde.
O Jaish al-Islam participou da reunião entre os principais grupos de oposição na Arábia Saudita, no início de dezembro, quando foi anunciado um acordo para iniciar conversações com Damasco vinculado a saída de Assad do poder.