Presidente do Conselho Eleitoral do Haiti renuncia
Porto Príncipe, 29 Jan 2016 (AFP) - O presidente do Conselho Eleitoral Provisório (CEP) do Haiti, Pierre-Louis Opont, apresentou sua renúncia em uma carta dirigida na quinta-feira ao presidente Michel Martelly, uma semana depois da anulação das eleições presidenciais e das legislativas parciais.
"Eventos trágicos independentes da minha vontade que dificultaram o processo eleitoral não me permitiram acompanhar minha missão até o fim, que era realizar eleições que conduzissem à reabertura do Parlamento em 11 de janeiro de 2016 e a instalação, em 7 de fevereiro, de um presidente eleito", escreveu Opont.
A demissão, que foi antecedida da saída de quatro dos nove membros do conselho eleitoral, deixa a entidade impossibilitada de continuar funcionando.
Na sexta-feira passada, menos de 48 horas antes de abertas as seções de votação, Opont anunciou o adiamento por tempo indeterminado do segundo turno das presidenciais e das legislativas parciais "por razões de segurança", depois de registrados atos de violência em uma dezena de locais de votação.
Este adiamento impediu o CEP de seguir adiante com um processo eleitoral criticado pela oposição e por organizações da sociedade civil.
No primeiro turno, em 25 de outubro, o candidato governista, Jovenel Moise, obteve 32,76% dos votos, contra 25,29% para Jude Celestin, que qualificou estas cifras de "farsa ridícula". Durante os dois últimos meses, a oposição intensificou os protestos por desconhecer os resultados.
Após um primeiro adiamento da votação pelas manifestações opositoras, esta nova anulação fez o Haiti mergulhar na incerteza e o expõe a que ocorra um vácuo de poder na noite de 7 de fevereiro.
Trinta anos depois do fim da ditadura dos Duvalier, Haiti ainda tenta organizar eleições que não sejam questionadas e que despertem o entusiasmo da população.
"Eventos trágicos independentes da minha vontade que dificultaram o processo eleitoral não me permitiram acompanhar minha missão até o fim, que era realizar eleições que conduzissem à reabertura do Parlamento em 11 de janeiro de 2016 e a instalação, em 7 de fevereiro, de um presidente eleito", escreveu Opont.
A demissão, que foi antecedida da saída de quatro dos nove membros do conselho eleitoral, deixa a entidade impossibilitada de continuar funcionando.
Na sexta-feira passada, menos de 48 horas antes de abertas as seções de votação, Opont anunciou o adiamento por tempo indeterminado do segundo turno das presidenciais e das legislativas parciais "por razões de segurança", depois de registrados atos de violência em uma dezena de locais de votação.
Este adiamento impediu o CEP de seguir adiante com um processo eleitoral criticado pela oposição e por organizações da sociedade civil.
No primeiro turno, em 25 de outubro, o candidato governista, Jovenel Moise, obteve 32,76% dos votos, contra 25,29% para Jude Celestin, que qualificou estas cifras de "farsa ridícula". Durante os dois últimos meses, a oposição intensificou os protestos por desconhecer os resultados.
Após um primeiro adiamento da votação pelas manifestações opositoras, esta nova anulação fez o Haiti mergulhar na incerteza e o expõe a que ocorra um vácuo de poder na noite de 7 de fevereiro.
Trinta anos depois do fim da ditadura dos Duvalier, Haiti ainda tenta organizar eleições que não sejam questionadas e que despertem o entusiasmo da população.