Obama desafia 'empreendedores' cubanos
Havana, 22 Mar 2016 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alentou nesta segunda-feira os novos empresários cubanos a usar seu gênio e sua perseverança para promover os negócios, e ofereceu o apoio do governo americano.
"Vocês podem contribuir com seu próprio futuro", disse o presidente a cerca de 200 microempresários cubanos, funcionários do governo e homens de negócios da Ilha, durante um encontro em Havana.
O presidente realizou um breve discurso e depois ouviu os microempresários e empresários cubanos.
"O futuro da economia cubana vai avançar com seu trabalho, vão criar uma classe média crescente", disse Obama ao manifestar sua confiança nos pequenos empresários cubanos.
Obama voltou a criticar o embargo que os Estados Unidos mantêm contra a Ilha desde 1962 ao dizer que "se algo não funciona há 50 anos, é preciso mudar".
Apenas o Congresso americano, dominado pela oposição republicana, pode revogar a legislação do embargo.
"Isto se aplica ao que fazem os Estados Unidos", mas "também a Cuba", disse Obama, destacando a necessidade de mais reformas na ilha comunista.
"Cuba deveria pegar ideias, roubar ideias de outro lugar, mas não roubar ideias que não funcionem. Isto não é uma opinião ideológica".
O presidente defendeu a necessidade de se fomentar a confiança entre os países e pediu aos cubanos que vejam "os Estados Unidos como seu amigo, seu sócio".
Idania Ríos, uma estilista de 34 anos, contou a Obama como começou seu projeto de uma loja de roupas junto com três amigas, que agora se transformou em uma pequena empresa.
"O que você precisa para avançar" - perguntou Obama à empresária, enquanto pedia a sua equipe para comprar algo da empresa para suas filhas, "pois me restam alguns CUC" (peso conversível cubano).
Ríos disse à AFP que Obama lhe pareceu "uma pessoa super equilibrada, super moderada, muito boa e respeitosa. Ele tem muita consciência de quais são as questões dramáticas e críticas para Cuba nesta nova aproximação, e sabe perfeitamente como nos tratar".
Em um anúncio prévio ao encontro, a secretária americana do Comércio, Penny Pritzker, anunciou que seu país promoverá este ano uma cúpula mundial de empreendedores no Vale do Silício, na Califórnia, com delegados de 160 países, entre eles convidados cubanos.
- Insumos e mercado atacadista -Antes da chegada de Obama, seus assistentes debateram os temas mais preocupantes para o desenvolvimento do empreendedorismo, incluindo o acesso a insumos e a um mercado atacadista de produtos.
É difícil para o setor privado, por exemplo, "ter acesso a utensílios de cozinha, porque há apenas uma loja, que tem o monopólio, com preços três a quatro vezes maiores que nos Estados Unidos".
"Nos ajudaria muito uma relação para importar deste mercado", disse à AFP Yamil Alvarez, 43 anos, proprietário do restaurante "Los mercaderes"
"A maior dificuldade é a obtenção de insumos. Se pudéssemos importá-los dos Estados Unidos seria muito proveitoso", disse Yamina Vicente, 33 anos, proprietária de uma empresa de festas.
Nos quatro pacotes de medidas decretadas por Obama com o objetivo de relaxar o embargo americano sobre a Ilha figura a autorização de importações para o setor privado cubano.
"Vocês podem contribuir com seu próprio futuro", disse o presidente a cerca de 200 microempresários cubanos, funcionários do governo e homens de negócios da Ilha, durante um encontro em Havana.
O presidente realizou um breve discurso e depois ouviu os microempresários e empresários cubanos.
"O futuro da economia cubana vai avançar com seu trabalho, vão criar uma classe média crescente", disse Obama ao manifestar sua confiança nos pequenos empresários cubanos.
Obama voltou a criticar o embargo que os Estados Unidos mantêm contra a Ilha desde 1962 ao dizer que "se algo não funciona há 50 anos, é preciso mudar".
Apenas o Congresso americano, dominado pela oposição republicana, pode revogar a legislação do embargo.
"Isto se aplica ao que fazem os Estados Unidos", mas "também a Cuba", disse Obama, destacando a necessidade de mais reformas na ilha comunista.
"Cuba deveria pegar ideias, roubar ideias de outro lugar, mas não roubar ideias que não funcionem. Isto não é uma opinião ideológica".
O presidente defendeu a necessidade de se fomentar a confiança entre os países e pediu aos cubanos que vejam "os Estados Unidos como seu amigo, seu sócio".
Idania Ríos, uma estilista de 34 anos, contou a Obama como começou seu projeto de uma loja de roupas junto com três amigas, que agora se transformou em uma pequena empresa.
"O que você precisa para avançar" - perguntou Obama à empresária, enquanto pedia a sua equipe para comprar algo da empresa para suas filhas, "pois me restam alguns CUC" (peso conversível cubano).
Ríos disse à AFP que Obama lhe pareceu "uma pessoa super equilibrada, super moderada, muito boa e respeitosa. Ele tem muita consciência de quais são as questões dramáticas e críticas para Cuba nesta nova aproximação, e sabe perfeitamente como nos tratar".
Em um anúncio prévio ao encontro, a secretária americana do Comércio, Penny Pritzker, anunciou que seu país promoverá este ano uma cúpula mundial de empreendedores no Vale do Silício, na Califórnia, com delegados de 160 países, entre eles convidados cubanos.
- Insumos e mercado atacadista -Antes da chegada de Obama, seus assistentes debateram os temas mais preocupantes para o desenvolvimento do empreendedorismo, incluindo o acesso a insumos e a um mercado atacadista de produtos.
É difícil para o setor privado, por exemplo, "ter acesso a utensílios de cozinha, porque há apenas uma loja, que tem o monopólio, com preços três a quatro vezes maiores que nos Estados Unidos".
"Nos ajudaria muito uma relação para importar deste mercado", disse à AFP Yamil Alvarez, 43 anos, proprietário do restaurante "Los mercaderes"
"A maior dificuldade é a obtenção de insumos. Se pudéssemos importá-los dos Estados Unidos seria muito proveitoso", disse Yamina Vicente, 33 anos, proprietária de uma empresa de festas.
Nos quatro pacotes de medidas decretadas por Obama com o objetivo de relaxar o embargo americano sobre a Ilha figura a autorização de importações para o setor privado cubano.