Vaticano suspende contrato com encarregado da auditoria de suas finanças
Cidade do Vaticano, 21 Abr 2016 (AFP) - A Secretaria de Estado do Vaticano decidiu "suspender" o contrato firmado em dezembro com a famosa empresa PricewaterhouseCoopers (PwC) para a auditoria das finanças da Santa Sé, anunciou nesta quinta-feira a entidade.
O contrato, de três milhões de dólares, foi assinado pelo cardeal australiano George Pell, o poderoso ministro da Economia do Vaticano, e previa a revisão por três anos dos orçamentos dos distintos departamentos, no marco de uma reforma para frear o déficit financeiro e garantir maior transparência na Cúria Romana.
O cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado e seu vice, Angelo Becciu, decidiram suspender o contrato com a PwC, segundo a página da internet Vatican Insider, habitualmente muito bem informada.
"Estão sendo examinados vários aspectos do acordo" com a PwC, confirmou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
Em dezembro, o Vaticano anunciou em um comunicado que havia contratado a empresa internacional como revisor externo de suas contas financeiras, por isso teria que trabalhar com estreita colaboração com o chamado ministro da Economia.
Segundo fontes vaticanas citadas pelo Vatican Insider, o problema não preocupa a empresa PwC e nem é fruto das resistências internas da Cúria.
A suspensão foi motivada por deficiências no processo para confirmar o contrato.
De acordo com as mesmas fontes, o cardeal Pell não cumpriu com os requisitos exigidos pelos novos estatutos aprovados pelo papa Francisco.
"O cardeal Pell provavelmente acreditava que nesta fase poderia intervir em tudo", comentou o Vatican Insider.
O estilo autoritário e os métodos anglo-saxões do cardeal Pell, que se reuniu na quarta-feira com o papa Francisco, suscitam receios e críticas dentro do Vaticano.
Francisco está comprometido com a reforma das finanças do Vaticano, acusado por anos de corrupção, desperdício e lavagem de dinheiro ilegal.
Há seis meses dois livros baseados em documentos confidenciais revelaram os abusos, privilégios e obscuros negócios na Cúria Romana, assim como as divisões e a desconfiança que reinam entre a hierarquia da Igreja Católica.
bur-kv/mb/pr
O contrato, de três milhões de dólares, foi assinado pelo cardeal australiano George Pell, o poderoso ministro da Economia do Vaticano, e previa a revisão por três anos dos orçamentos dos distintos departamentos, no marco de uma reforma para frear o déficit financeiro e garantir maior transparência na Cúria Romana.
O cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado e seu vice, Angelo Becciu, decidiram suspender o contrato com a PwC, segundo a página da internet Vatican Insider, habitualmente muito bem informada.
"Estão sendo examinados vários aspectos do acordo" com a PwC, confirmou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
Em dezembro, o Vaticano anunciou em um comunicado que havia contratado a empresa internacional como revisor externo de suas contas financeiras, por isso teria que trabalhar com estreita colaboração com o chamado ministro da Economia.
Segundo fontes vaticanas citadas pelo Vatican Insider, o problema não preocupa a empresa PwC e nem é fruto das resistências internas da Cúria.
A suspensão foi motivada por deficiências no processo para confirmar o contrato.
De acordo com as mesmas fontes, o cardeal Pell não cumpriu com os requisitos exigidos pelos novos estatutos aprovados pelo papa Francisco.
"O cardeal Pell provavelmente acreditava que nesta fase poderia intervir em tudo", comentou o Vatican Insider.
O estilo autoritário e os métodos anglo-saxões do cardeal Pell, que se reuniu na quarta-feira com o papa Francisco, suscitam receios e críticas dentro do Vaticano.
Francisco está comprometido com a reforma das finanças do Vaticano, acusado por anos de corrupção, desperdício e lavagem de dinheiro ilegal.
Há seis meses dois livros baseados em documentos confidenciais revelaram os abusos, privilégios e obscuros negócios na Cúria Romana, assim como as divisões e a desconfiança que reinam entre a hierarquia da Igreja Católica.
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