Anistia Internacional denuncia condições 'espantosas' em centro de detenção no Iraque

Em Bagdá

  • Jewel Samad/AFP

A Anistia Internacional (AI) denunciou nesta segunda-feira (2) as terríveis condições em um centro de detenção no Iraque, e acusou as autoridades do país de manter trancadas pessoas inocentes acusando-as de "terrorismo".

Uma delegação da AI que incluiu Salil Shetty, secretário-geral da ONG, visitou no sábado este centro, localizado a oeste de Bagdá.

"Nós visitamos um centro de detenção em Amriyat de Fallujah (...), onde 700 pessoas estão confinadas, trancadas há meses, supostamente suspeitas de terrorismo", disse Shetty.

"As condições em que vivem são bastante terríveis, com um metro quadrado ou menos por pessoa, sem sequer lugar para se deitar", disse ele, denunciando que os prisioneiros recebem pouca comida.

Por sua vez, Donatella Rovera, diretora para situações de crise da AI, assegurou que as forças antiterroristas iraquianas, que administram o centro de detenção tem apenas quatro inspetores para estudar os casos e estão sobrecarregados.

O centro de detenção Amriyat está localizado na província de Al-Anbar, onde desde 2014 as forças de segurança iraquianas estão enfrentando jihadistas do Estado Islâmico (EI).

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