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Anistia Internacional faz apelo por menina ferida em cidade sitiada da Síria

Ghina Ammad Wadi foi atingida no quadril por uma bala disparada por um atirador - Anistia Internacional/Divulgação
Ghina Ammad Wadi foi atingida no quadril por uma bala disparada por um atirador Imagem: Anistia Internacional/Divulgação

Em Londres

13/08/2016 11h40

A Anistia Internacional convocou a comunidade internacional a fazer todo o possível para retirar uma menina de dez anos ferida de Madaya, cidade síria a oeste de Damasco sitiada pelas forças do regime de Bashar al-Assad.

"Convocamos o grupo de trabalho de ajuda humanitária da ONU a garantir a evacuação imediata de Ghina a um hospital para que seja operada de urgência", declarou Kristyan Benedict, responsável na Síria da AI (Anistia Internacional), em um comunicado.

Também pediu à Rússia e aos Estados Unidos que "exerçam pressão sobre as autoridades sírias".

No dia 2 de agosto, Ghina Ammad Wadi saiu para comprar medicamentos para sua mãe e foi atingida no quadril por uma bala disparada por um francoatirador do regime, segundo a Anistia.

A menina sofreu uma fratura complexa que provoca "uma dor extrema de forma quase permanente". Na falta de material médico adequado, não pode ser operada em Madaya e precisa ser levada imediatamente a Damasco ou ao vizinho Líbano, mas o governo sírio se nega a transferi-la, segundo a ONG.

A tia da menina, que vive em Londres, convocou o governo britânico a ajudar sua sobrinha.

"Tudo o que quero é que as grandes potências e as Nações Unidas façam Ghina sair de Madaya para que possa ser curada em um hospital adequadamente equipado. Se o governo britânico pode fazer algo por minha sobrinha, suplico que faça", declarou Fadah Jassan em um comunicado divulgado pela AI.

Mais de 40 mil pessoas vivem cercadas há meses em Madaya e dezenas morreram de fome nesta cidade sitiada pelas forças do presidente Bashar al-Assad e combatentes do Hezbollah.

Desde 2011, 4 milhões de sírios já fugiram para países vizinhos

AFP