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Papa reafirma defesa do celibato de sacerdotes, salvo casos excepcionais

O papa Francisco - REUTERS/Guglielmo Mangiapane/File Photo
O papa Francisco Imagem: REUTERS/Guglielmo Mangiapane/File Photo

Cidade do Vaticano

13/01/2020 11h30

O papa Francisco reafirmou hoje sua defesa do celibato de padres, exceto em casos excepcionais, depois que seu antecessor, Bento 16, pediu para não ordenar padres homens casados.

"A posição do papa sobre o celibato é bem conhecida", disse o diretor da sala de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.

"Em uma conversa com jornalistas ao retornar do Panamá, em janeiro de 2019, disse o papa Francisco: 'Uma frase de São Paulo 6º vem à mente: Prefiro entregar minha vida a mudar a lei do celibato'", prosseguiu o porta-voz.

"Então (Francisco) acrescentou: 'Pessoalmente, acho que o celibato é um presente para a Igreja. Não concordo que o celibato seja permitido como uma opção. Haveria algumas possibilidades, nos locais mais remotos, penso nas ilhas do Pacífico, quando há uma necessidade pastoral'", acrescentou Bruni, citando o papa.

Essa precisão do porta-voz do Vaticano ocorre um dia depois de Bento 16, por meio de um livro, assumir uma posição a favor do celibato dos padres.

O papa emérito de 92 anos, que deixou o pontificado em 2013, expressou-se sobre o celibato em uma obra coescrita com o cardeal ultraconservador Robert Sarah, cujos trechos foram publicados ontem pelo jornal francês Le Figaro.

"É urgente, necessário que todos os bispos, sacerdotes e leigos recuperem um olhar de fé na Igreja e no celibato sacerdotal que protege seu mistério", afirmou.

Essa posição ocorre no âmbito de um debate sobre a possibilidade de ordenar padres homens casados de uma certa idade (chamados "viri probati") na Amazônia, um território onde faltam padres.

Francisco tomará uma decisão nesse sentido nas próximas semanas.