Topo

Esse conteúdo é antigo

A paz "não pode ser outra vítima" da pandemia na Colômbia, diz ONU

Rebeldes da Farc andam sobre ponte em Putumayo; grupo fez acordo de paz com o governo em 2016  - 11.ago.2016 - Fernando Vergara/AP
Rebeldes da Farc andam sobre ponte em Putumayo; grupo fez acordo de paz com o governo em 2016 Imagem: 11.ago.2016 - Fernando Vergara/AP

De Bogotá

06/05/2020 23h21

A paz com o ex-grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) "não pode ser outra vítima" da pandemia da covid-19, alertou nesta quarta-feira (6) o representante especial do Secretário-Geral da ONU na Colômbia, Carlos Ruiz Massieu.

Em meio à emergência econômica desencadeada pela doença, o alto funcionário garantiu que será um "desafio" evitar "possíveis contratempos no que foi alcançado até agora" na implementação do acordo de paz assinado em 2016 com aquele que foi o guerrilheiro mais poderoso da América.

"Reconheço a complexidade de manter a atenção e responder a tantas questões em meio à emergência de saúde, no entanto, eu disse e repito que a paz não pode ser outra vítima dessa pandemia", enfatizou em uma videoconferência.

Para o representante da ONU, a expansão do novo coronavírus no país deixará "expostas novas fraquezas, desigualdades e lacunas na proteção social".

No entanto, o acordo de paz oferece ferramentas "não apenas para acabar com a violência", mas também para "consolidar a presença integral do Estado" nesta crise, acrescentou.

Anteriormente, o representante na Colômbia do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Alberto Brunori, alertou na mesma videoconferência sobre o assassinato de 23 ex-combatentes das Farc neste ano.