Pelo 2º dia, PM é executado e base atacada em SP
Em São Paulo
Um policial militar foi executado na zona sul de São Paulo e uma base da PM atacada na zona leste nesta noite de quinta-feira, 21, e madrugada desta sexta-feira, 22. O policial estava à paisana em um supermercado no bairro Jardim Comercial, quando três criminosos dispararam contra ele, que revidou e matou um dos bandidos. Já os quatro homens que atacaram a base no bairro de Itaquera foram encontrados por uma viatura. Houve tiroteio e um dos bandidos morreu. Durante esta madrugada, a reportagem passou em companhias da PM e viu policiais em alerta. Na quarta-feira, 20, dois policiais militares também foram executados e uma base atacada em São Paulo.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada nesta sexta-feira, 22, afirma que a Corregedoria da Polícia Militar e o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, investigam a suspeita de que as recentes mortes de policiais militares tenham sido retaliação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) contra a operação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, da PM, que matou seis homens em maio, na zona leste de São Paulo.
De acordo com a Polícia Civil, eram 20 horas quando três criminosos abordaram o soldado Paulo César Lopes Carvalho, lotado no 37º Batalhão, dentro de um mercado no número 191 da rua Henrique San Mindlin. Eles chegaram a chamá-lo pelo nome para ter a certeza de sua identidade. Houve tiroteio e o soldado conseguiu atingir um dos assaltantes, mas acabou baleado na cabeça. O criminoso morreu no pronto-socorro do Campo Limpo e o policial no Hospital M' Boi Mirim. Os outros dois bandidos fugiram em uma moto.
A base da 4ª Companhia do 39º Batalhão, localizada no número 301 da rua Joapitanga, foi atacada à 1h30 por quatro criminosos em um Polo prata, roubado momentos antes na rua Carolina Fonseca, também em Itaquera. De acordo com o major André Luiz Ferreira, comandante operacional do 39º Batalhão, o carro subiu a rua e os criminosos dispararam, de dentro do veículo, cerca de dez tiros, com pistolas e revólveres, contra a base. Os tiros atingiram a parede da Companhia e carros estacionados em frente. Os dois policiais que estavam no local se protegeram e ninguém se feriu.
Uma viatura da Força Tática do 39º Batalhão encontrou o Polo na avenida José Pinheiro Borges. Houve perseguição e os criminosos bateram o carro em um poste, próximo ao Shopping Itaquera. Os quatro bandidos trocaram tiros com os dois soldados que estavam na viatura. Um dos criminosos foi baleado e morreu. Um dos policiais levou um tiro no peito, mas usava colete à prova de balas e sofreu apenas escoriações. Os outros três suspeitos fugiram a pé.
Ataques
Nesta quarta-feira, 21, o secretária de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, afirmou que o ataque à base da PM e as execuções de policiais são fatos isolados e não ações orquestradas por facções criminosas.
O policial Vaner Dias, de 44 anos, da Cavalaria, foi morto na noite de quarta-feira, quando dava aula de jiu-jítsu em uma academia na avenida Caneiro Ribeiro, na Vila Formosa. Três homens entraram dizendo que estavam interessados em conhecer a academia e executaram Dias a tiros. O soldado Cleiton, de 25 anos, lotado na 1ª Companhia do 47º Batalhão da PM, foi morto, com um tiro no rosto, ao tentar evitar um assalto a uma loja de roupas localizada na rua Celestino Marinelli, na região de Pirituba. A base da 4ª Companhia do 38º Batalhão, na avenida Luís Pires de Minas, em São Mateus, foi atacada a tiros por um homem em uma moto e quatro em um Pálio. Ninguém se feriu no ataque.