Shopping Aricanduva tem tiroteio e dois assaltos a lojas
Segundo a Polícia Civil, o primeiro caso foi em uma loja da operadora de telefonia Claro. Por volta do meio-dia, dois ladrões invadiram o estabelecimento. Seguranças e criminosos trocaram tiros. Após um dos ladrões ser baleado pelos vigilantes, a dupla resolveu fugir. Ninguém se feriu durante o episódio.
Após fazer rondas pela área, policiais do 66.º DP (Aricanduva) encontraram um Fiat Uno branco abandonado, que tinha sido usado pelos ladrões para fugir do shopping. "A dona do carro era comparsa da quadrilha, mas estava prestando queixa de roubo no 103.º DP (Itaquera)", afirma o delegado Arthur Frederico Moreira, titular do 66.º DP. Segundo ele, ao ser questionada por policiais, a mulher de 23 anos acabou confessando a farsa e sua participação no crime. Por isso, foi presa em flagrante. A polícia afirma que a suspeita já tem antecedente por roubo.Agora, os investigadores continuam procurando os criminosos envolvidos diretamente no assalto. Um deles já foi identificado e tem 20 anos.
Pouco tempo depois, um peruano de 35 anos, cujo nome não foi divulgado, invadiu a loja de roupas Marisa fingindo estar armado. Ele roubou uma sacola cheia de roupas, mas foi surpreendido pelos seguranças, que passaram a persegui-lo pelo centro de compras. "Como já tínhamos sido chamados ao shopping, havia investigadores por lá, que prenderam o criminoso", afirmou o delegado Arthur Moreira.
Segurança
Segundo o delegado, a polícia já sabe que há um alto índice de crimes no centro comercial, e por isso policiais do distrito costumam fazer rondas na região do estabelecimento. O jornal O Estado de S. Paulo entrou em contato com a Assessoria de Imprensa do Shopping Aricanduva. O empreendimento, porém, não quis se manifestar. O departamento de comunicação da Claro informou que encaminharia posicionamento sobre o incidente, mas a reposta não chegou até as 20h30. Já o setor de imprensa da Marisa limitou-se a informar que estava ciente da tentativa de assalto.
Crimes
Assaltos a shoppings têm se tornado cada vez mais comuns na capital desde o segundo semestre de 2010, quando os criminosos passaram a atacar várias joalherias dentro dos centros de compras. O último episódio registrado aconteceu no dia 31 de julho, no Shopping Center 3, na Avenida Paulista. Bandidos armados acabaram sendo presos por policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) quando se preparavam para assaltar uma joalheria.
Na semana passada, o diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Luís Augusto Ildefonso da Silva, admitiu os problemas de segurança nos centros de compras. De acordo com ele, os estabelecimentos estão investindo de maneira pesada na tentativa de banir as quadrilhas que têm agido nos últimos tempos.
Uma das reivindicações dos estabelecimentos é para que a Secretaria de Estado da Segurança Pública crie uma delegacia para centralizar todos os crimes que acontecem em shoppings na capital. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo