ONG é proibida de dar livro em viaduto de São Paulo
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A organização não-governamental Educa São Paulo havia programado para a manhã de segunda-feira (10), a distribuição de cerca de 8.000 livros, entre obras de literatura brasileira, livros infantis e gibis, no Viaduto do Chá, região central. A intenção era, além de incentivar a leitura, protestar contra o abandono das bibliotecas da cidade, que, segundo o presidente da ONG, Devanir Amâncio, "têm livros, mas não têm leitores."

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Prefeitura de SP proíbe atividades na cidade; veja a lista9 fotos

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Em março de 2007, o prefeito Gilberto Kassab determinou uma série de alterações no funcionamento das feiras livres de São Paulo, incluindo a probição dos tradicionais gritos dos feirantes. Os feirantes não poderiam usar aparelhos sonoros durante o horário de funcionamento das feiras nem vender as mercadorias em volume de voz que incomode. Além disso, peixes e demais produtos alimentícios deixarão de ser entregues embalados em papel de jornal - os comerciantes deveriam usar papéis adequados para embalar os produtos. Semanas depois, Kassab voltou atrás e culpou uma "vírgula mal colocada" pela proibição dos gritos VEJA MAIS > Imagem: Alessandro Shinoda/Folhapress

Uma perua Kombi estacionou no Viaduto do Chá por volta das 23h de domingo (9) para organizar e separar os títulos por autor e gênero, mas foram impedidos. Quatro guardas-civis metropolitanos disseram para os integrantes da ONG que eles deveriam ter autorização da prefeitura para realizar a distribuição. "Eles disseram que estavam em alerta, esperando pela ação, e que a ordem era impedir", disse Amâncio.

A iniciativa, intitulada Bienal Relâmpago, agora será transformada em Bienal Móvel. Segundo Amâncio, duas Kombis - equipadas com aparelhos de som e faixas - percorrerão locais movimentados da região central da cidade oferecendo livros às pessoas. "Devemos começar ainda pela região do Viaduto do Chá, porque ali é área de Zona Azul e, se pagarmos, podemos estacionar por um tempo para distribuir os livros."

Ainda sem itinerário ou data marcada para a ação, Amâncio disse que é provável que a distribuição seja realizada neste sábado. Segundo ele, os livros foram doados por moradores da cidade. "Os próximos gestores têm de oferecer uma política eficiente de incentivo à leitura, para que as bibliotecas não sejam depósitos de livros como são hoje." As informações são do jornal "O Estado de S.Paulo".

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