Após incêndio, viaduto em SP passa por nova vistoria

São Paulo - Uma segunda vistoria, prevista para acontecer ainda na tarde desta terça-feira, deve avaliar se o Viaduto Orlando Murgel, na região central de São Paulo, será liberado para o tráfego de veículos. A via foi interditada durante o incêndio que destruiu 80 barracos em parte da favela Moinho, localizada abaixo da ponte.

Com mais de 24h de bloqueio, o viaduto teve desprendimento de placas de concreto, segundo análise feita na tarde de segunda-feira por técnicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb). Os danos foram causados pelas chamas que atingiram diretamente a construção. A ponte que interliga as Avenidas Rudge e Rio Branco e é uma das principais ligações entre o centro e a zona norte da cidade.

A interdição complicou o trânsito na manhã desta segunda-feira. O viaduto passa sobre a comunidade incendiada e duas linhas férreas da CPTM: Linha 8-Diamante e Linha 7-Rubi. Trens de ambos os percursos tiveram circulação interrompida por mais de oito horas na última segunda. Nesta terça-feira, segundo a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), todas as composições trafegaram normalmente.

Incêndio

Cerca de 300 pessoas ficaram desabrigadas após o incêndio de grandes proporções ter destruído 80 barracos, segundo balanço da Defesa Civil. As chamas tiveram início quando Fidelis de Melo Jesus colocou fogo no barraco onde vivia com Damião Melo, após discutir com o companheiro. Melo foi a única vítima fatal do incêndio.

Este foi o sétimo incêndio em comunidades da capital paulista nos últimos 40 dias e o 34º caso no Estado de São Paulo. O coordenador da Defesa Civil de São Paulo, coronel Jair Paca de Lima, afirma que "o tempo seco e a enorme quantidade de materiais inflamáveis - papelões, madeira, botijões de gás - são os principais causadores de incêndios nas favelas paulistas".

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