Manejo integrado reduz emissões de carbono em 40%
Como parte do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), foram coletadas amostras de solos em quatro regiões brasileiras para comparar o potencial de sequestro de carbono (quantidade que deixaria de ser emitida) com base em diferentes tipos de manejo. No Sudeste, a variação de gás carbônico que deixaria de ser emitido para a atmosfera chega a 40%.
O estudo Mitigando Emissões de Gases na Agricultura: Bases para o Monitoramento do Programa ABC foi feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Unicamp. Também foram analisadas as Regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste. O objetivo foi quantificar os estoques de carbono em áreas que adotaram sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Agroflorestais (SAF). "O potencial de retenção de carbono no solo varia, dependendo do bioma. É maior no Sul que no Nordeste, por exemplo, por conta das variações de clima e temperatura", diz Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária.
No Sul, áreas de pastagem convencional retêm 20% a menos do que as que adotaram o sistema ILPF. No Centro-Oeste, essa variação foi de 6%, índice semelhante ao verificado no Nordeste. O período mais adequado entre uma medição e outra, segundo o estudo, é de cinco anos. "O principal entrave para a adoção de outros tipos de manejo é o sistema de crédito, que hoje privilegia e financia a monocultura", explica Assad. "Os juros para o Plano ABC são maiores e afugentam os pequenos produtores." Até dezembro, a Embrapa espera concluir o estudo em solos da região amazônica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Receba notícias do UOL. É grátis!
Veja também
- Líder de Lula no Senado nega lista para PGR e elogia Aras: 'Prestou importante serviço'
- Caso Vaza Jato: juiz solta hacker que vazou mensagens de Moro e Deltan
- Gilmar desarquiva investigação sobre omissão de Bolsonaro e Pazuello na pandemia
- Eduardo Bolsonaro é alvo de ações por comparar professores a traficantes