São Paulo - O dólar fechou em leve alta nesta quarta-feira, refletindo a apreensão dos investidores com o cenário doméstico e a piora no exterior. No Brasil, pesa a falta de disposição dos investidores de colocar seus dólares no País diante das incertezas com a inflação e com a condução da política monetária, que se soma a um quadro de crescimento fraco da economia. No exterior, indicadores fracos dos Estados Unidos e temores com um ataque nuclear pela Coreia do Norte deixaram os mercados mais nervosos.

O dólar à vista no balcão fechou em alta de 0,10%, a R$ 2,0240. A máxima foi de R$ 2,0280 (+0,30%) e a mínima, de R$ 2,0190 (-0,15%).

Na BM&FBovespa, o dólar para maio de 2013 estava em alta de 0,20%, a R$ 2,0325. A moeda chegou a atingir R$ 2,0370 (+0,41%) à tarde, após cair à mínima de R$ 2,0260 (-0,13%) pela manhã.

O dólar marcava estabilidade ao redor das 16 horas e voltou a subir poucos minutos antes do fechamento. Segundo um operador de tesouraria de um banco, esse repique se deve a fluxo de saída de dólares e à leve piora das bolsas em Nova York, com notícias de que o exército da Coreia do Norte já teria a aprovação final para ataque nuclear aos Estados Unidos.

No Brasil, o fluxo cambial ficou positivo em março, após três meses seguidos de saída de recursos do Brasil, mas ainda está negativo no acumulado do ano. A entrada de dólares no País superou a saída em US$ 391 milhões entre os dias 1º e 28 de março. No acumulado do ano até 28 de março, a saída de dólares superou a entrada em US$ 2,100 bilhões.

Nos Estados Unidos, o setor privado criou 158 mil empregos em março, abaixo da previsão de economistas de 192 mil novas vagas. Além disso, o índice de atividade do setor de serviços, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês), caiu para 54,4 em março, de 56,0 em fevereiro, frustrando as estimativas de um recuo do indicador para 55,8.