Haddad discursa para manifestantes sem-teto que protestam na Prefeitura

Em São Paulo

  • Nelson Antoine/Fotoarena/Estadão Conteúdo

    Manifestantes ligados à União dos Movimentos de Moradia (UMM) realizam um protesto contra a política habitacional da atual gestão do prefeito Haddad

    Manifestantes ligados à União dos Movimentos de Moradia (UMM) realizam um protesto contra a política habitacional da atual gestão do prefeito Haddad

Depois de enfrentar um protesto com cerca de mil sem-teto, que tomaram nesta manhã de quarta-feira (17) o viaduto do Chá, na região central, onde fica a sede da Prefeitura de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) desceu de seu gabinete, no quinto andar do prédio, e foi até os manifestantes, na rua. Ele subiu até o carro de som e transformou o protesto em um comício.

"Quero reiterar o compromisso de construir 55 mil moradias populares", afirmou Haddad ao microfone.

Vários grupos do movimento prometiam fazer o maior protesto enfrentado até hoje pela gestão do petista. Eles têm a intenção de reunir 10 mil pessoas. Os sem-teto se reuniram na praça da Sé, no centro, e no terminal Barra Funda, na zona oeste, antes de seguirem até o edifício Matarazzo, sede do Executivo Municipal.

O prédio da Prefeitura foi isolado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), com a colocação de barreiras feitas com cavaletes de aço. 

Os líderes do movimento se recusam a negociar com o secretário de Habitação, José Floriano de Azevedo Marques Neto (PP) e com um interlocutor escolhido pela pasta.

Pela manhã, Haddad disse que é natural a ansiedade do movimento de moradia. No entanto, afirmou que não é de "bom tom" que os sem-teto queiram escolher as pessoas responsáveis pela negociação por parte da Prefeitura. "Se a pessoa se recusa a dialogar, o diálogo se torna impossível", disse.

Segundo ele, não se pode escolher com quem negociar porque se trata de uma questão "suprapartidária". "No episódio do Pinheirinho 2 (reintegração de posse feita pela Polícia Militar em março na zona leste da cidade), nós demos um tratamento completamente diferente do que vinha sendo dado até aquele momento", ressaltou.

"São muitos anos sem produção de moradia. O movimento está ansioso. Vamos conviver com isso porque não se constrói moradia do dia para a noite." "As moradias estão mapeadas e nos próximos dias nós vamos anunciar nosso plano de ação", disse Haddad.

Ele afirma que para cumprir a promessa de construir 55 mil unidades é necessário "mirar" um número maior. "Temos cerca de 90 mil moradias mapeadas."

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) aconselhou aos motoristas a evitarem a região.

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