Bolsas da Europa caem com indicadores dos EUA
Nos EUA, a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre decepcionou, com expansão anual de 2,5%, ante previsão de aumento de 3,2%. Já o índice de sentimento do consumidor dos EUA, medido pela Reuters/Universidade de Michigan, caiu em abril para 76,4, mas ficou acima da expectativa, de 73,8.
Em Madri, o governo espanhol confirmou mais cedo que agora só buscará reduzir o déficit orçamentário do país para menos de 3,0% até 2016. O gesto recebeu apoio da Comissão Europeia. A Espanha também prevê que a economia do país terá contração de 1,3% neste ano e crescerá 0,5% em 2014.
Antes disso, os investidores já haviam ficado frustrados com o fato de o BoJ não ter anunciado nenhuma medida adicional de política monetária. Na reunião anterior, o BoJ adotou medidas agressivas para estimular a economia local e tentar superar a deflação, que já dura duas décadas. O índice FTSE 100, de Londres, recuou 0,25% nesta sexta-feira, fechando a 6.426,42 pontos, arrastado por mineradoras como a ENRC (-6,8%), Antofagasta (-3,9%) e Evraz (também -3,9%).
Em Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,79%, para 3.810,05 pontos. Os destaques de baixa no mercado francês foram Total (-1,4%), Pernod Ricard (-2,9%) e EADS (-1,6%), na qual a França vendeu uma participação de 2,1%. Na bolsa espanhola, após o anúncio do governo, o índice Ibex 35 caiu 0,81%, para 8.297,00 pontos.
Em Milão, o índice FTSE Mib registrou perda de 0,51%, para 16.565,25 pontos, ignorando o bom resultado do leilão de títulos realizado no começo da manhã. A Itália vendeu 8 bilhões de euros (US$ 10,43 bilhões) em papéis de seis meses a um yield (retorno ao investidor) médio de 0,503%, o menor desde a criação do euro. Em Frankfurt, o recuo do índice DAX foi menor, de 0,23%, para 7.814,76 pontos. A bolsa de Lisboa apresentou a maior baixa do dia, de 1,42%, com o índice PSI 20 fechando a 6.151,98 pontos.
Na semana, no entanto, todas as principais bolsas da Europa tiveram ganhos robustos - de 2,22% em Londres, 4,33% em Paris, 4,76% em Frankfurt, 4,82% em Madri, 5% em Milão e 5,71% em Lisboa -, principalmente impulsionadas pela expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) vá reduzir juros na reunião de política monetária de quinta-feira (02). As informações são da Dow Jones.
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