Dólar começa o dia registrando leve baixa

São Paulo - O mercado de câmbio doméstico abriu nesta sexta-feira, 26, com o dólar futuro para maio de 2013 em leve alta, a R$ 2,0045 (+0,05%). Já no mercado à vista, o dólar no balcão começou o dia com ligeira baixa, a R$ 2,0020 (-0,30%). Às 9h31, os dois mercados mostravam convergência para o lado negativo. O vencimento futuro da moeda norte-americana para maio caía a R$ 2,0025 (-0,05%), enquanto o dólar à vista recuava 0,40%, na mínima de R$ 2,00 no balcão.

No exterior, prevalece o sentimento negativo entre os investidores, que limita o ajuste de baixa inicial do dólar no mercado interno, disse um operador de tesouraria de um banco. As bolsas europeias e os índices futuros em Nova York exibem perdas, enquanto o dólar oscila sem direção única no mercado de moedas.

No Brasil, o dólar estende a queda já registrada nas duas sessões anteriores. Desde quarta-feira, 24, os agentes financeiros vêm antecipando os ingressos de recursos estrangeiros para a oferta inicial de ações (IPO) da BB Seguridade. A seguradora do Banco do Brasil deve estrear na próxima segunda-feira na BM&Fbovespa com valor de mercado de cerca de R$ 34 bilhões, conforme cálculos de fonte próxima à operação.

As ações da BB Seguridade serão negociadas no Novo Mercado, o nível mais alto de governança corporativa da Bolsa. Foram registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 675 milhões de ações, volume equivalente aos lotes principal, suplementar e adicional. Caso o lote suplementar não seja exercido em até 30 dias, a oferta pode ser reduzida em R$ 2,975 bilhões. O prazo de exercício do lote suplementar termina em 31 de maio.

Além disso, na quinta-feira, 25, à tarde, o mercado ampliou o ajuste de baixa do dólar, seguindo o declínio dos juros futuros, após o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, indicar que o Banco Central poderá intensificar o uso dos juros contra a inflação. Hoje, as taxas futuras de curto prazo voltam a recuar , puxando junto o dólar, afirmou um operador de uma corretora.

Ao afirmar que "Gostaria de registrar que cresce em mim a convicção de que o Copom poderá ser instado a refletir sobre a possibilidade de intensificar o uso do instrumento de política monetária", Hamilton mudou a interpretação que os analistas haviam dado para o rumo da taxa básica de juros após lerem os 75 parágrafos da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na quinta-feira, 25.

Para a maioria dos analistas, a ata havia indicado que o ritmo de alta continuaria a ser de 0,25 ponto porcentual a cada reunião, para chegar, no máximo, a 8,25% ao ano. Na semana passada, o Copom aumentou a Selic de 7,25% para 7,5% ao ano. No fim do dia, porém, a curva de juros passou a precificar cerca de 50% de chance de a Selic subir 0,50 ponto porcentual no encontro de maio e um ciclo de aperto que poderia superar os 100 pontos-base estimados antes das palavras de Hamilton.

Em Nova York, às 9h40, o euro estava em US$ 1,3031, de US$ 1,3011 no fim da tarde de ontem. O dólar caía a 98,28 ienes, de 99,25 ienes na véspera. A moeda norte-americana subia ante o dólar australiano (+0,16%), o peso chileno (+0,04%), a rupia indiana (+0,52%) e o peso mexicano (+0,16%).

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