Centrais e estudantes de MG prometem aderir a greve
A princípio, uma categoria que atua diretamente com o público e pretende aderir totalmente à greve geral é a representada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG). Funcionários de hospitais públicos, por exemplo, também pretendem participar do protesto, mas o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) afirma que será mantida escala mínima nas unidades do Estado, com atendimento de casos de urgência.
Outra adesão que pode trazer transtornos aos cidadãos é a do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região. De acordo com o presidente da entidade, Clotário Cardoso, todos os trabalhadores do setor são convocados, mas o sindicato admite dificuldade em paralisar a totalidade dos estabelecimentos. "Não vamos impedir ninguém de entrar nas agências. A atenção é concentrada, principalmente, naquelas da região central", alertou.
Situação semelhante é a dos comerciários, que foram chamados a participar da paralisação geral, mas, como não há consenso de adesão total, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) deixou a cargo de cada associado a decisão de funcionar. "Caso ocorra depredação ou violência, fechem imediatamente os estabelecimentos e entrem em contato com a Polícia Militar (PM)", orientou, por meio de nota.
Transporte
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH), por exemplo, também convoca a categoria para participar de manifestação marcada para o meio-dia na Praça Sete de Setembro, no centro, e de passeatas previstas para outros pontos da capital mineira, mas descartou greve geral e afirmou que apenas trabalhadores fora da escala ou do horário de trabalho participarão dos atos. Com isso, a previsão é de que os ônibus circulem normalmente. Já os metroviários aprovaram indicativo de greve, mas, no início da noite desta quarta-feira, ainda faziam assembleia para decidir se cruzariam os braços ou manteriam o funcionamento do sistema de transporte.
Outros serviços, como os prestados por funcionários públicos municipais em postos de atendimento aos cidadãos, também serão mantidos. Conforme a direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), integrantes da entidade representando cada categoria participarão dos atos marcados na capital, mas o atendimento à população não será afetado.
Outras categorias que pretendem cruzar os braços por 24 horas são os metalúrgicos, com paralisação de fábricas na região metropolitana, e os petroleiros, que prometem interromper as atividades na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, e nas Usinas Termelétrica Aureliano Chaves, em Juiz de Fora, no interior do Estado, e de Biodiesel Darcy Ribeiro, em Montes Claros, no norte mineiro.
Receba notícias do UOL. É grátis!
Veja também
- Líder de Lula no Senado nega lista para PGR e elogia Aras: 'Prestou importante serviço'
- Caso Vaza Jato: juiz solta hacker que vazou mensagens de Moro e Deltan
- Gilmar desarquiva investigação sobre omissão de Bolsonaro e Pazuello na pandemia
- Eduardo Bolsonaro é alvo de ações por comparar professores a traficantes