Aos 457 anos, bairro da Mooca, na zona leste de SP, ganha seu primeiro parque

São Paulo - A Mooca, na zona leste de São Paulo, vai ganhar seu primeiro parque após 457 anos de fundação. A área verde de 22 mil metros quadrados será no cruzamento da Avenida Paes de Barros com a Rua Sebastião Preto. Hoje, o terreno tem apenas uma sede institucional e uma caixa d'água da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que assumirá os custos do projeto. A obra, avaliada em R$ 10,5 milhões, deve ficar pronta em oito meses. O anúncio deve ser feito pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no domingo, em visita ao local. O bairro, que tem 75 mil moradores e é caracterizado pela imigração italiana, faz aniversário neste sábado, 17.

O parque terá espaço semelhante ao da Praça Buenos Aires, em Higienópolis, na região central. Parte das grades e muros que cercam a área será retirada. O projeto prevê o plantio de 200 árvores e 3 mil arbustos e trepadeiras, construção de pista para caminhada, espaço para prática de esportes, bicicletário e playground, além o restauro do imóvel existente no terreno para uso cultural e educativo.

"O projeto do Parque Sabesp Mooca tem como objetivo aproximar ainda mais a população da companhia", explica a diretora-presidente da Sabesp, Dilma Pena. Serão criados espaços com informações sobre tratamento e consumo de água.

Os moradores reivindicam há muito tempo a criação de parques na região. O movimento Mooca Verde comemorou o anúncio e informou que a comunidade participará da gestão com a Sabesp. "É um avanço para a comunidade poder usufruir dessa área. Será a primeira que poderemos chamar de parque realmente na Mooca," diz advogada Adriana Paula d'Oliveira Zveibil, participante do grupo.

Adriana ressalta que, apesar de o bairro ainda manter a característica industrial, o uso residencial cresce cada vez mais. "E a população precisa de equipamentos públicos de lazer."

Luta. A comunidade ainda batalha pela criação de um outro equipamento, quatro vezes maior, em terreno que passa por um processo de descontaminação na confluência das Ruas Barão de Monte Santo, Vitoantônio Del Vechio e Avenida Dianópolis.

Segundo os moradores, a área está na mira de uma construtura, que pretende erguer ali um condomínio. Uma petição pública online solicita a desapropriação do terreno, que já foi da Esso. Por enquanto, a Prefeitura estuda oficialmente a reforma de outra área verde, entre as Ruas Cassandoca e dos Trilhos, de 4,9 mil m². As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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