Dez jovens de classe alta são presos por tráfico em MG
A investigação durou meses e agentes se infiltraram em festas de classe alta para fazer o flagrante. Também foram realizadas escutas telefônicas que comprovariam o crime. O grupo agia em boates e festas em Araguari e em cidades como Uberlândia e Uberaba.
As prisões começaram no início deste mês, mas somente agora os vídeos do rapaz no helicóptero e no carro foram divulgados. Policiais civis também fizeram filmagens dos acusados no interior das festas. "São gestos estranhos e que dão a entender que realmente estariam praticando o tráfico", diz o delegado Fernando Storti.
Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça também comprometem os acusados, já que há diálogos em que eles falam em comprar "bala" - gíria usada no comércio do ecstasy. Segundo a polícia, para não ser descoberta a quadrilha usava olheiros que ficavam em pontos estratégicos e enviavam mensagens via celular caso notassem algo estranho.
Poder
Outros dois jovens fugiram e são procurados e mais seis suspeitos estão sendo investigados. Todos os envolvidos têm na faixa de 20 a 30 anos e são filhos de empresário, advogado, fazendeiro, entre outros.
A reportagem não conseguiu contato com os acusados, mas os advogados, incluindo o de Alison de Freitas Neto - que aparece no helicóptero, alegam falhas nas investigações. Dizem que os envolvidos são todos amigos e que, por usarem drogas, isso gerou a confusão. Mas que nenhum deles teria qualquer relação com o tráfico.
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