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Jihadistas tomam Bengasi e decretam Emirado Islâmico

31/07/2014 14h23

ROMA e TRÍPOLI, 31 JUL (ANSA) - Os membros do grupo terrorista Frente al Nusra anunciaram que "dominaram completamente Bengasi" e proclamaram um "Emirado Islâmico" na região, segundo a al Arabiya. Porém, o tenente Khalifa Hafter, afirmou que isso é uma "mentira, pois nós [Exército] só nos retiramos temporariamente de algumas posições".   

A situação mais grave, no entanto, é ao redor do aeroporto da capital, Trípoli. Na manhã de hoje (31), uma informação não confirmada foi divulgada pelas agências de notícias. Os rebeldes teriam sequestrados 10 aviões civis para no aeroporto da capital. O medo das autoridades da nação e dos países vizinhos é que essas aeronaves sejam utilizadas para ataques terroristas. A al Nusra é um braço da rede terrorista Al-Qaeda, do Afeganistão, que realizou os ataques nos Estados Unidos no dia 11 de setembro de 2011.   

Ainda de acordo com testemunhas ouvidas pelos jornais da região, há combates intensos e violentos no entorno do aeroporto. Esse deve ser o novo foco dos jihadistas nessa escalada de violência no país.   

O Egito elevou para "o mais alto nível" a preocupação com a segurança do país e declaro que utilizará "o máximo de força" caso um avião não identificado entre no espaço aéreo egípcio. Outro ponto de preocupação do governo, "a produção petrolífera na Líbia" está "sob observação. Segundo fontes, os confrontos já causaram "mais de 200 mortos e 400 feridos". Embaixadas A onda de violência no país fez com que vários países evacuação seus embaixadores e seus cidadãos das regiões mais afetadas pelos confrontos. A Espanha anunciou hoje (31) que "evacuou temporariamente o próprio embaixador e as pessoas da sede diplomática no país". São 28 pessoas, entre os quais 12 estrangeiros, que foram transportados para Madri.   

Malta divulgou que centenas de trabalhadores chineses foram evacuados de navio para Malta. A pequena ilha anunciou que está "se preparando para novas chegadas de navios com muitas pessoas fugindo da Líbia".   

Já a delegação da União Europeia que estava no país foi transferida para a Tunísia, anunciou a ministro das Relações Exteriores da Itália, Federica Mogherini. Segundo ela, "a nossa embaixada é uma das pouquíssimas que ficaram abertas em Trípoli, junto à do Reino Unido, Malta, Romênia e Hungria". O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, também destacou o fato da embaixada permanecer aberta. "Ficar na Líbia significa tentar resolver algumas das questões geopolíticas mais importantes dos próximos anos: paz, segurança e imigração", disse Renzi.   

O governo brasileiro anunciou que os seus funcionários da embaixada foram transferidos para a Tunísia e que a medida não implica que a representação brasileira no país esteja fechada.   

Os atendimentos poderão ser realizados por telefone. (ANSA)
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