Bomba em avião russo pode ter sido acionada por relógio
A bomba que explodiu o avião russo Metrojet pode ter sido ativada por um relógio "com um mecanismo ligado aos explosivos usados nos projéteis e nas bombas de plástico", informou a agência de notícias Interfax nesta quinta-feira (18).
A agência russa usa como fonte para a matéria uma pessoa "muito bem informada" sobre o andamento das investigações. A afirmação vem um dia após o governo da Rússia reconhecer que a queda da aeronave no dia 31 de outubro foi um "ato terrorista".
A notícia da Interfax veio no mesmo dia que o jornal russo "Kommersant" informou que a bomba teria sido colocada dentro da cabine de passageiros, não no compartimento de cargas como havia sido divulgado anteriormente.
Também citando alguém ligado ao grupo de especialistas russos que analisa as causas do incidente, o periódico revelou que a explosão foi detectada "na parte traseira do A321" e pode ter sido causada por uma bomba colocada "sob um assento, próximo à janela". O estouro teria despressurizado a aeronave provocando a destruição e a queda que matou 224 pessoas.
O "Kommersant" ainda ressalta que o artefato pode ter sido colocado por "agentes de segurança" ou "funcionários que levam a bordo os alimentos e as bagagens".
Por causa da suspeita da bomba ter sido implantada no compartimento de carga, as autoridades russas estão fazendo "voos especiais" entre o Egito e São Petersburgo. Neles, os passageiros são separados de suas malas para evitar novos problemas. Se a versão do jornal estiver correta, esse tipo de prevenção é desnecessária.
Nesta quinta, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, informou que seu país usará "o direito de autodefesa" contra o Estado Islâmico (EI, ex-Isis), que assumiu o atentado, e atacará os extremistas "com todos os meios disponíveis, sejam políticos, militares e nos serviços especiais".
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