Papa pede para jovens se libertarem da droga 'celular'
CIDADE DO VATICANO, 13 ABR (ANSA) - O papa Francisco fez um apelo hoje para os jovens não terem medo do silêncio e se libertarem da dependência de seus telefones celulares, que é "como uma droga".
O pedido foi feito durante discurso aos estudantes do instituto público Ennio Quirino Visconti de Roma, na Sala Nervi, por ocasião do Ano do Jubileu Aloísio. "Libertem-se da dependência do celular! Por favor!", apelou o Pontífice ressaltando que hoje em dia "os celulares são de grande ajuda, são um grande progresso, e é preciso usá-los, mas quem se transforma em escravo do telefone perde a sua liberdade".
"Não tenha medo do silêncio, de estar sozinho, de escrever seu próprio diário. Não tenha medo das dificuldades e secura que o silêncio pode trazer. O silêncio pode ser entediante, mas livrem-se do vício do celular", afirmou.
Francisco ainda explicou que o "telefone celular é uma droga" que "pode reduzir a comunicação a simples contatos". No entanto, para ele, a vida não é entrar em contato, é comunicar". Durante seu discurso, o líder da Igreja Católica também pediu para os jovens não sentirem medo da diversidade porque o contato com diferentes culturas é enriquecedor.
"Por favor, não tenham medo da diversidade. O diálogo entre diferentes culturas enriquece o país, enriquece a pátria e nos faz olhar para uma terra para todos, não apenas para alguns", disse o Pontífice aos estudantes.
Além disso, o argentino recomendou que todos lutem contra o bullying na escola, que é praticamente uma "guerra". Jorge Bergoglio lamentou o assédio escolar e disse que "dói" ver quando existe esse tipo de agressão em um colégio.
Entre os conselhos, o Papa alertou que durante a vida afetiva existem duas dimensões necessárias: "a felicidade e o pudor".
"Amar com vergonha, não descaradamente e permanecer fiel no amor. O amor não é um jogo, é a coisa mais linda que Deus nos deu. Não o sujem com a imprudência da falta de pudor", ressaltou.
Para o Santo Padre, é necessário "amar com clareza, com grandeza, amar com o coração dilatado, a cada dia", e ser fiel, porque a "fidelidade, juntamente com o respeito pelos outros, é uma dimensão essencial de todo relacionamento amoroso verdadeiro, já que não se pode brincar com os sentimentos".
Por fim, Francisco aconselhou que amar não é apenas uma expressão do vínculo afetivo de um casal, mas também pelo compromisso de solidariedade com o próximo, especialmente com os mais pobres. "O amor ao próximo se alimenta de fantasia e sempre vai além: além das paredes, além das diferenças, além dos obstáculos", acrescentou. Em seu último pedido, o religioso clamou para que todos os adolescentes jamais deixem de "sonhar grande" e de "desejar um mundo melhor" para todas as pessoas do planeta. (ANSA)
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