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Itália tem 30 mil novos casos de covid na véspera de toque de recolher

Profissionais da saúde no combate ao novo coronavírus em Bérgamo, na Itália - Pacific Press / LightRocket via Getty Images
Profissionais da saúde no combate ao novo coronavírus em Bérgamo, na Itália Imagem: Pacific Press / LightRocket via Getty Images

04/11/2020 14h36

A Itália registrou nesta quarta-feira (4) mais 30.550 casos e 352 mortes na pandemia do coronavírus Sars-CoV-2, elevando os totais de contágios e óbitos para 790.377 e 39.764, respectivamente.

De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, na última terça-feira (3) haviam sido contabilizados 28.244 diagnósticos positivos e 353 vítimas. Os números, no entanto, estão em alta na comparação com a quarta-feira passada (28), quando a Itália teve 24.991 casos e 205 mortes.

Já a média móvel de óbitos em sete dias está em 266, maior cifra desde 8 de maio (281), ainda antes do fim do lockdown. Segundo o Ministério da Saúde, o país também tem 307.378 pacientes curados e 443.235 casos ativos, recorde desde o início da pandemia.

O número de internados com Covid-19 em UTIs subiu para 2.292, maior número desde 22 de abril (2.384). A escalada da curva epidemiológica na Itália aumentou a pressão da comunidade científica por medidas mais drásticas, embora o governo resista à ideia de uma nova quarentena nacional.

No entanto, para conter a segunda onda da pandemia, o primeiro-ministro Giuseppe Conte decretou toque de recolher noturno das 22h às 5h a partir de quinta-feira (5) e reintroduziu a necessidade de portar um certificado de próprio punho para circular nos horários de restrição.

Além disso, o governo fechou museus e casas de jogos de azar em todo o território nacional e instituiu aulas 100% a distância para escolas de ensino médio. Shoppings centers ficarão fechados nos fins de semana e feriados, e a capacidade máxima de meios de transporte públicos será reduzida em 50%.

O decreto também define quatro cenários de transmissão do vírus, sendo que os deslocamentos não essenciais serão restritos nas regiões que estiverem nos níveis três ou quatro, enquanto restaurantes terão de manter as portas fechadas.

O cenário quatro também prevê veto à realização de atividades esportivas. O governo, no entanto, ainda não definiu quais regiões sofrerão as restrições mais duras.