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Interesse histórico? Demolição de mansão de Al Capone em Miami gera debate

Mansão à beira-mar que pertenceu a Al Capone fica em Palm Island (Miami) e pode ser derrubada por novos donos - Reprodução/ Wikimedia Commons
Mansão à beira-mar que pertenceu a Al Capone fica em Palm Island (Miami) e pode ser derrubada por novos donos Imagem: Reprodução/ Wikimedia Commons

Nova York, nos EUA

09/09/2021 10h01Atualizada em 09/09/2021 14h12

A possível demolição de uma mansão que pertenceu ao mafioso Al Capone em Palm Island, em Miami, nos Estados Unidos, está gerando debates sobre se o local deve ser preservado como parte da história do país ou se deve ser destruído.

A casa, localizada no número de 93 da Palm Ave, foi comprada pelo criminoso em 1928 - seis anos após a sua construção - por US$ 40 mil (R$ 212,4 mil na cotação atual) e serviu de refúgio durante o período que ficou foragido. Após cumprir uma pena por evasão fiscal, também foi o local onde ele passou o resto de sua vida até morrer de ataque cardíaco em 1947 em um dos quartos.

O local construído em estilo colonial tem dois andares, oito quartos, oito banheiros, uma sauna, um spa, uma grande piscina e é circundada por palmeiras.

Em 1952, a esposa de Capone, Mae, vendeu a residência e, desde então, ela passou por diversos donos. Há dois anos, o incorporador de imóveis Todd Glaser e o investidor Nelson Gonzalez compraram a residência por US$ 10,75 milhões (R$ 57,08 milhões).

Em entrevista ao jornal "Miami Herald", Glaser informou que há dois motivos para querer derrubar a mansão. "Primeiro porque a casa está uma droga, é vergonhoso. E segundo porque não há motivos para celebrar algo aqui, na minha opinião", ressaltou, mesmo destacando que a mansão passou por uma reforma em 2015.

Segundo explicou o especialista nesse tipo de operação, - ele comprou e derrubou também uma casa quer permaneceu a Jeffrey Epstein, envolvido no tráfico sexual de menores - a residência está a cerca de um metro abaixo do nível do mar e há danos causados pela água salgada em diversas parte da fundação.

Glaser ainda contou que eles pretendem vender a nova casa por US$ 45 milhões (quase R$ 239 milhões).

No entanto, no próximo dia 13 de setembro, uma audiência do Miami Beach Historic Preservation Board pode mudar o plano dos dois investidores. Estará na pauta a análise se a cidade transformará a mansão de Al Capone em um prédio de "interesse histórico". Se receber essa nomenclatura, ela não poderá ser derrubada.