Kabila é proclamado vencedor das eleições do Congo


Kinshasa, 16 dez (EFE).- O presidente da República Democrática do Congo (RDC), Joseph Kabila, foi nesta sexta-feira oficialmente proclamado vencedor das eleições do dia 28 de novembro, anunciou a Corte Suprema de Justiça (CSJ) desse país.

A CSJ confirmou os resultados provisórios emitidos pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (Ceni), que deram o triunfo a Kabila com 48,95% dos votos, contra 32,33% de seu máximo rival, o opositor Etienne Tshisekedi.

Dessa maneira, a Corte desprezou uma demanda apresentada pela oposição para anular o pleito pelas supostas irregularidades que marcaram o processo.

A demanda foi apresentada pelo candidato Vital Kamerhe, ex-presidente da Assembleia Nacional, que terminou sendo o terceiro mais votado. Ele foi o único dos 11 candidatos que reclamou sobre os resultados provisórios da Ceni perante a Corte Suprema, instituição encarregada de confirmar os resultados oficiais.

No último dia 12, Kabila admitiu que houve erros nas eleições, mas defendeu a credibilidade dos resultados que deram a vitória. "Claro que sim, como nas demais eleições do continente ou em outras partes, houve falhas".

Três dias antes, Tshisekedi, líder da União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS), tinha rejeitado os resultados, que classificou como "verdadeira provocação", e se autoproclamou presidente do país.

A CSJ emitiu sua decisão um dia após a missão de observadores dos Estados Unidos colocar em dúvida a credibilidade das eleições. "Achamos que as eleições realizadas na semana passada na República Democrática do Congo carecem de credibilidade", disse Bruce Wharton, chefe da missão americana.

Na linha dos EUA, a missão de observadores da União Europeia (UE) também criticou nesta semana a falta de transparência e as irregularidades das eleições congolesas.

O pleito de 28 de novembro foi o segundo processo democrático realizado na República Democrática do Congo desde a queda do ditador Mobutu Sese Seko, em 1997. O primeiro foi em 2006.

A RDC ainda vive uma situação de instabilidade decorrente da Segunda Guerra do Congo (1998-2003), que envolveu vários países africanos. No país, está desdobrada a maior das missões internacionais de paz da ONU, com 22 mil soldados.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

UOL Cursos Online

Todos os cursos