Extração de combustível de navio naufragado na Itália começa hoje
As operações de extração das 2,38 mil toneladas de combustível presentes no interior do navio Costa Concordia, que naufragou na noite de 13 de janeiro nas águas do mar Tirreno, em frente à ilha italiana de Giglio, começarão nesta terça-feira (24).
O anúncio foi feito na segunda (23) por Bart Huizing, um dos responsáveis da companhia holandesa Smit, que se encarregará das tarefas de esvaziamento do combustível, segundo os meios de comunicação italianos.
A data foi revelada depois que o chefe da Defesa Civil italiana, Franco Gabrielli, explicou em entrevista coletiva que o navio se encontra "em condições de estabilidade" e os especialistas estabeleceram que é possível executar as tarefas de busca dos desaparecidos e de extração de combustível simultaneamente.
Gabrielli, nomeado comissário especial para tramitar esta situação de emergência, indicou que a embarcação não precisa de intervenções externas que confirmem sua estabilidade e que os analistas concluíram que não existe risco de deslizar e afundar em um dos desníveis que o fundo marinho apresenta.
"Suba a b-o-r-d-o!"; ouça diálogo no momento do acidente do navio
O chefe da Defesa Civil ressaltou que a busca das cerca de 20 pessoas que continuam desaparecidas continuará enquanto for possível inspecionar o navio, embora tenha destacado que a situação na qual os mergulhadores trabalham é cada vez mais "complicada" pelas condições que apresenta.
Nesse contexto, mencionou "problemas de decomposição e de contaminação" dos utensílios e materiais que existem no interior da embarcação.
As operações de busca pelos desaparecidos agora estão focadas na ponte 4, onde ficavam o restaurante e a discoteca do cruzeiro, e na qual os mergulhadores abriram uma nova via de acesso nesta segunda utilizando cargas explosivas.
Até o momento, foram localizados 15 corpos no interior da embarcação, os últimos dois nesta segunda. A presença de combustível no navio é um dos temas que mais preocupa atualmente, já que caso vaze ao mar causará uma catástrofe ambiental. A ilha do Giglio faz parte de um parque natural marinho considerado um dos ecossistemas mais importantes do Mediterrâneo.