Aung San Suu Kyi é reeleita líder do maior partido opositor birmanês
Miguel F. Rovira.
Bangcoc, 10 mar (EFE).- A vencedora do prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, foi reeleita neste domingo a líder da Liga Nacional pela Democracia, a maior força política birmanesa na oposição com pretensões de ganhar as eleições legislativas previstas para 2015.
Suu Kyi, de 67 anos e deputada desde o ano passado, foi reeleita de forma unânime presidente da formação pelos 120 membros do comitê central no final de um congresso de três dias, o primeiro realizado pelo partido para revitalizar-se após resistir durante 25 anos ao assédio e pressões dos militares que governam o país.
A líder opositora, que foi libertada em novembro de 2010 após viver sob prisão domiciliar 15 dos últimos 23 anos, admitiu, recentemente, que aceitará a chefia de Estado "se isto for o que o povo quer".
Para que Suu Kyi possa no futuro chegar à presidência do país, precisará do apoio dos ex-generais que agora governam e do ainda poderoso Exército a fim de emendar a Constituição, que proíbe qualquer birmanês com cônjuge estrangeiro de desempenhar o cargo de chefe de Estado.
Suu Kyi era casada com o professor britânico Michael Aris, que morreu em 1999, e teve dois filhos.
"O caminho que temos pela frente é difícil", disse a ativista em discurso pronunciado antes de anunciar o fim do congresso.
Além de Suu Kyi, outras três mulheres passaram a fazer parte da comissão executiva, o principal órgão da Liga Nacional pela Democracia, formação que conta em suas fileiras com cerca de 1,2 milhões de filiados, segundo indicaram fontes do partido.
Cerca de 900 delegados do partido que representam quase todos os cantos de Mianmar participaram deste congresso realizado em Yangun, a poucos dias do aniversário de dois anos da dissolução do regime militar que governou o país com mão dura durante quase meio século.
A maior parte dos que até agora foram os dirigentes do grupo opositor eram políticos octogenários que há décadas foram expulsos das Forças Armadas e que depois passaram longos períodos de tempo nas prisões do país devido a sua pertinência à Liga Nacional pela Democracia.
A eleição de novos dirigentes representa uma mudança neste partido no qual até agora eram nomeados diretamente pelos integrantes da cúpula.
Nas eleições de 2015, a Liga Nacional pela Democracia enfrentará o poderoso e governista Partido para o Desenvolvimento e Solidariedade da União, que ganhou por grande maioria o pleito geral de novembro de 2010 e que foram boicotados pelo partido político de Suu Kyi.
Com a ativista à frente, a Liga Nacional pela Democracia ganhou as eleições legislativas realizadas em 1990, mas nunca governou, uma vez que os generais rejeitaram o resultado e se negaram a ceder as rédeas do poder.
Bangcoc, 10 mar (EFE).- A vencedora do prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, foi reeleita neste domingo a líder da Liga Nacional pela Democracia, a maior força política birmanesa na oposição com pretensões de ganhar as eleições legislativas previstas para 2015.
Suu Kyi, de 67 anos e deputada desde o ano passado, foi reeleita de forma unânime presidente da formação pelos 120 membros do comitê central no final de um congresso de três dias, o primeiro realizado pelo partido para revitalizar-se após resistir durante 25 anos ao assédio e pressões dos militares que governam o país.
A líder opositora, que foi libertada em novembro de 2010 após viver sob prisão domiciliar 15 dos últimos 23 anos, admitiu, recentemente, que aceitará a chefia de Estado "se isto for o que o povo quer".
Para que Suu Kyi possa no futuro chegar à presidência do país, precisará do apoio dos ex-generais que agora governam e do ainda poderoso Exército a fim de emendar a Constituição, que proíbe qualquer birmanês com cônjuge estrangeiro de desempenhar o cargo de chefe de Estado.
Suu Kyi era casada com o professor britânico Michael Aris, que morreu em 1999, e teve dois filhos.
"O caminho que temos pela frente é difícil", disse a ativista em discurso pronunciado antes de anunciar o fim do congresso.
Além de Suu Kyi, outras três mulheres passaram a fazer parte da comissão executiva, o principal órgão da Liga Nacional pela Democracia, formação que conta em suas fileiras com cerca de 1,2 milhões de filiados, segundo indicaram fontes do partido.
Cerca de 900 delegados do partido que representam quase todos os cantos de Mianmar participaram deste congresso realizado em Yangun, a poucos dias do aniversário de dois anos da dissolução do regime militar que governou o país com mão dura durante quase meio século.
A maior parte dos que até agora foram os dirigentes do grupo opositor eram políticos octogenários que há décadas foram expulsos das Forças Armadas e que depois passaram longos períodos de tempo nas prisões do país devido a sua pertinência à Liga Nacional pela Democracia.
A eleição de novos dirigentes representa uma mudança neste partido no qual até agora eram nomeados diretamente pelos integrantes da cúpula.
Nas eleições de 2015, a Liga Nacional pela Democracia enfrentará o poderoso e governista Partido para o Desenvolvimento e Solidariedade da União, que ganhou por grande maioria o pleito geral de novembro de 2010 e que foram boicotados pelo partido político de Suu Kyi.
Com a ativista à frente, a Liga Nacional pela Democracia ganhou as eleições legislativas realizadas em 1990, mas nunca governou, uma vez que os generais rejeitaram o resultado e se negaram a ceder as rédeas do poder.