Duplo atentado em Damasco mata civis e policiais


(Atualiza com mais dados).

Damasco, 17 mar (EFE).- Dois edifícios da segurança do Estado sírio foram os alvos do duplo atentado que sacudiu Damasco neste sábado, causando a morte de um número indeterminado de civis e policiais, segundo testemunhas e meios da imprensa oficial.

A agência oficial de notícias "Sana" informou que dois carros-bomba explodiram hoje em Damasco, em ações qualificadas de "terroristas" pelo meio estatal.

Entre as vítimas fatais há civis e membros de segurança, segundo confirmou a televisão síria, que mostrou imagens de corpos carbonizados e diversos destroços materiais, além de grandes colunas de fumaça no lugar dos atentados.

O primeiro dos ataques teve como alvo a sede da Inteligência aérea, situada no norte da capital síria, enquanto uma segunda explosão foi ouvida por volta das 7h40 locais (2h40 de Brasília) em um edifício da Segurança Criminal, no oeste da cidade.

"Minha família está bem, mas as janelas da minha casa ficaram totalmente destruídas. A explosão foi terrível", disse uma mulher que vivia na Praça Tahrir, perto do complexo de segurança.

Nesta região, um médico da Cruz Vermelha que pediu anonimato assegurou que pelo menos 40 pessoas ficaram feridas, algumas delas com gravidade.

Damasco voltou a ser cenário de atentados, apesar de ter mantido relativa calma desde a eclosão da rebelião contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, em março do ano passado.

Em dezembro passado, pelo menos 40 pessoas morreram na capital em dois ataques suicidas com carros-bomba que explodiram de maneira quase simultânea nas imediações de dois edifícios da Segurança Central, em um ataque que as autoridades atribuíram à organização terrorista Al Qaeda.

Em 6 de janeiro, um ataque suicida matou 20 pessoas na capital, enquanto quatro dias depois 28 pessoas perderam a vida em um duplo atentado em Aleppo, outra das cidades que se mantêm relativamente à margem da revolta.

As explosões de hoje acontecem um dia depois de o enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, ter declarado sua intenção de enviar nos próximos dias uma missão técnica à Síria para continuar as conversas com as partes em conflito e encontrar uma solução para a crise.

Desde que começaram os protestos, em março de 2011, mais de oito mil pessoas morreram pela repressão do Governo da Síria, segundo a ONU.

 

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