Governo francês se defende de críticas por não ter controlado Merah
Paris, 23 mar (EFE).- O primeiro-ministro francês, François Fillon, se defendeu nesta sexta-feira das crescentes críticas sobre a vigilância ao assassino confesso de Toulouse, Mohammed Merah, antes que ele assassinasse quatro pessoas em uma escola judaica e três militares.
"Não havia nenhum elemento que permitisse prender Merah, porque a legislação não permite vigiar de forma permanente sem sentença alguém que não cometeu um delito", explicou Fillon em uma entrevista à emissora de rádio "RTL".
"Vivemos em um Estado de direito", destacou, antes de defender o trabalho dos serviços secretos, que produziram um cerco de 32 horas ao jovem suspeito, morto em Toulouse na manhã desta quinta-feira com um tiro na cabeça.
Fillon lembrou que a Direção Central Informação Interior (DCRI) identificara Merah depois de suas várias vezes viagens a Paquistão e Afeganistão e que o observou até chegar à conclusão que não havia "nenhum indício" de que se tratava de "um homem perigoso".
"Levava uma vida normal" e, embora tivesse um "passado judicial" - em alusão às 20 condenações na França por delitos comuns -, isso "não tinha nada a ver" com os três massacres que provocou desde o último dia 11.
O primeiro-ministro reiterou que "o fato de pertencer a uma organização salafista não é um delito por si só", e acrescentou: "Não se deve misturar fundamentalismo religioso e terrorismo, embora saibamos os vínculos que há entre os dois".
Fillon acrescentou que, se houver consenso, serão adotadas antes das eleições presidenciais de abril e maio as medidas anunciadas ontem pelo presidente Nicolas Sarkozy para combater o terrorismo; se não, isso só ocorrerá após o pleito legislativo de junho.
Sarkozy assinalou que quer reformar o Código Penal para impor penas às pessoas que visitarem sites que façam apologia ao terrorismo ou à violência e às que viajarem ao exterior para aprender sobre essas ideologias.
"Não havia nenhum elemento que permitisse prender Merah, porque a legislação não permite vigiar de forma permanente sem sentença alguém que não cometeu um delito", explicou Fillon em uma entrevista à emissora de rádio "RTL".
"Vivemos em um Estado de direito", destacou, antes de defender o trabalho dos serviços secretos, que produziram um cerco de 32 horas ao jovem suspeito, morto em Toulouse na manhã desta quinta-feira com um tiro na cabeça.
Fillon lembrou que a Direção Central Informação Interior (DCRI) identificara Merah depois de suas várias vezes viagens a Paquistão e Afeganistão e que o observou até chegar à conclusão que não havia "nenhum indício" de que se tratava de "um homem perigoso".
"Levava uma vida normal" e, embora tivesse um "passado judicial" - em alusão às 20 condenações na França por delitos comuns -, isso "não tinha nada a ver" com os três massacres que provocou desde o último dia 11.
O primeiro-ministro reiterou que "o fato de pertencer a uma organização salafista não é um delito por si só", e acrescentou: "Não se deve misturar fundamentalismo religioso e terrorismo, embora saibamos os vínculos que há entre os dois".
Fillon acrescentou que, se houver consenso, serão adotadas antes das eleições presidenciais de abril e maio as medidas anunciadas ontem pelo presidente Nicolas Sarkozy para combater o terrorismo; se não, isso só ocorrerá após o pleito legislativo de junho.
Sarkozy assinalou que quer reformar o Código Penal para impor penas às pessoas que visitarem sites que façam apologia ao terrorismo ou à violência e às que viajarem ao exterior para aprender sobre essas ideologias.