Protestos islamitas no Cairo terminam com 3 mortes
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AFP
Janphel Yeshi ateou fogo em si mesmo em Nova Déli, na Índia
O porta-voz de emergências do Ministério de Saúde egípcio, Khaled al-Khatib, disse à Agência Efe que outras 18 pessoas ficaram feridas na capital e mais quatro em Damieta, em choques similares entre a polícia e os manifestantes.
O jornal "Al Dustur" publicou a notícia da morte de sua jornalista, de 22 anos, em seu site e informou que seu corpo já foi transferido ao Hospital de Heliópolis na capital egípcia.
A militante do Sindicato Egípcio de Jornalistas, Abir Saadi, em entrevista à agência oficial de notícias "Mena" pediu a abertura de uma investigação urgente sobre a morte de Mayada Ashraf.
No bairro de Ain Shams, os manifestantes entoaram cânticos contra o exército, a polícia e o ex-marechal Abdelfatah al Sisi, que apresentou ontem sua candidatura às eleições presidenciais.
Segundo uma fonte de segurança, membros da Irmandade Muçulmana dispararam contra os moradores, incendiaram pneus e lançaram coquetéis molotov.
Apesar de a Irmandade Muçulmana organizar manifestações toda sexta-feira para pedir a restituição do ex-presidente islamita Mohammed Mursi, deposto por um golpe militar em 3 de julho de 2013, as convocadas para hoje centraram suas palavras de ordem em criticar a recém anunciada candidatura presidencial de Al Sisi.
A chamada Aliança para a Defesa da Legitimidade, liderada pela Irmandade Muçulmana, afirmou ontem em comunicado que com a candidatura de Al Sisi "cai a máscara falsa do rosto do líder do golpe de Estado".
Os protestos de hoje acontecem quatro dias depois que um tribunal egípcio condenou à morte mais de 500 simpatizantes da confraria por ataques contra edifícios oficiais e o assassinato de um coronel em agosto do ano passado, em uma decisão sem precedentes na Justiça do Egito, que terá que ser confirmada no próximo dia 28 de abril.