México lança amanhã amplo programa para acabar com a fome no país
Cidade do México, 31 mar (EFE).- As autoridades mexicanas lançarão nesta segunda-feira um amplo programa para combater a fome e superar uma tragédia que causa quase tantas mortes no país como a violência gerada pelas ações do crime organizado.
A Cruzada Nacional contra a Fome foi anunciada no último dia 21 de janeiro pelo presidente Enrique Peña Nieto, que naquela ocasião lembrou que um de cada quatro mexicanos sofre algum grau de carência alimentícia.
"A fome, para muitos é, talvez, uma verdade ignorada. Há os que não a conhecem, outros, talvez, não a aceitem e alguns nem sequer se atrevem a mencioná-la", afirmou Peña Nieto.
Segundo dados oficiais, em 2011 morreram no México um total de 11 mil pessoas por desnutrição, oito mil delas por não ter uma alimentação básica e o resto por males associados com esta carência.
Essa quantidade de vítimas se aproxima das cerca de 12 mil pessoas que, segundo cálculos dos meios de comunicação, morreram nesse mesmo ano pela violência gerada pelas ações dos cartéis da droga e outros grupos do crime organizado.
O programa é um dos mais importantes do governo de Peña Nieto, que assumiu o poder no último dia 1º de dezembro e que se fixou como uma de suas prioridades combater a fome, a extrema pobreza e a desigualdade social.
As autoridades se focarão neste ano em 7,4 milhões de pessoas em 400 municípios rurais e urbanos, 16% do país, que têm as piores carências de alimentação e, além disso, sofrem níveis de extrema pobreza.
Os 400 municípios escolhidos em uma primeira etapa representam 52% da população na qual se centrará inicialmente o plano, e o resto desfrutará de seus benefícios em períodos posteriores.
A ideia é chegar a um nível de "fome zero" entre esses 7,4 milhões de pessoas que são alvo do programa, que será desenvolvido durante o mandato de seis anos de Peña Nieto.
A estratégia não distribuirá mantimentos pelas comunidades mais pobres, mas realizará um programa integral no qual participam 19 dependências federais, autoridades estaduais e municipais, com projetos agrícolas, sanitários e educativos, entre outros setores.
"De nada serve que haja alimentação, se não há centro de saúde, não há médicos e não há abastecimento suficiente de remédios", declarou dias atrás a secretária de Desenvolvimento Social, Rosario Robles, cuja pasta coordenará o programa.
Segundo dados de seu departamento, dos 400 municípios escolhidos na primeira etapa, em 45 deles existe uma "problemática de insegurança ou violência" que terá que ser abordada com o apoio do Exército.
"Vamos entrar com o trabalho social e humanitário do Exército, mas sob esquemas de proteção e de contenção pela situação de violência desses municípios que, basicamente, são de áreas urbanas", assegurou recentemente a ministra.
Segundo os planos oficiais, a partir da segunda-feira vários membros das brigadas do programa, formadas por jovens universitários, percorrerão "casa por casa" para analisar o impacto dos planos sociais mais necessários.
Embora o México tenha conseguido nos últimos anos reduzir os níveis de carências sociais como a educação, a saúde e a moradia, a falta de alimentação adequada aumentou e no fechamento de 2010 atingia 24,9% da população.
Parte desse aumento ocorreu devido à volatilidade dos preços internacionais dos alimentos desde 2007, um tema que ocupa lugar prioritário na agenda internacional do México.
O programa se beneficiará parcialmente de 70 planos sociais em áreas como saúde, educação e desenvolvimento agrícola aos quais foram destinados neste ano US$ 23,1 bilhões.
A Cruzada Nacional contra a Fome foi anunciada no último dia 21 de janeiro pelo presidente Enrique Peña Nieto, que naquela ocasião lembrou que um de cada quatro mexicanos sofre algum grau de carência alimentícia.
"A fome, para muitos é, talvez, uma verdade ignorada. Há os que não a conhecem, outros, talvez, não a aceitem e alguns nem sequer se atrevem a mencioná-la", afirmou Peña Nieto.
Segundo dados oficiais, em 2011 morreram no México um total de 11 mil pessoas por desnutrição, oito mil delas por não ter uma alimentação básica e o resto por males associados com esta carência.
Essa quantidade de vítimas se aproxima das cerca de 12 mil pessoas que, segundo cálculos dos meios de comunicação, morreram nesse mesmo ano pela violência gerada pelas ações dos cartéis da droga e outros grupos do crime organizado.
O programa é um dos mais importantes do governo de Peña Nieto, que assumiu o poder no último dia 1º de dezembro e que se fixou como uma de suas prioridades combater a fome, a extrema pobreza e a desigualdade social.
As autoridades se focarão neste ano em 7,4 milhões de pessoas em 400 municípios rurais e urbanos, 16% do país, que têm as piores carências de alimentação e, além disso, sofrem níveis de extrema pobreza.
Os 400 municípios escolhidos em uma primeira etapa representam 52% da população na qual se centrará inicialmente o plano, e o resto desfrutará de seus benefícios em períodos posteriores.
A ideia é chegar a um nível de "fome zero" entre esses 7,4 milhões de pessoas que são alvo do programa, que será desenvolvido durante o mandato de seis anos de Peña Nieto.
A estratégia não distribuirá mantimentos pelas comunidades mais pobres, mas realizará um programa integral no qual participam 19 dependências federais, autoridades estaduais e municipais, com projetos agrícolas, sanitários e educativos, entre outros setores.
"De nada serve que haja alimentação, se não há centro de saúde, não há médicos e não há abastecimento suficiente de remédios", declarou dias atrás a secretária de Desenvolvimento Social, Rosario Robles, cuja pasta coordenará o programa.
Segundo dados de seu departamento, dos 400 municípios escolhidos na primeira etapa, em 45 deles existe uma "problemática de insegurança ou violência" que terá que ser abordada com o apoio do Exército.
"Vamos entrar com o trabalho social e humanitário do Exército, mas sob esquemas de proteção e de contenção pela situação de violência desses municípios que, basicamente, são de áreas urbanas", assegurou recentemente a ministra.
Segundo os planos oficiais, a partir da segunda-feira vários membros das brigadas do programa, formadas por jovens universitários, percorrerão "casa por casa" para analisar o impacto dos planos sociais mais necessários.
Embora o México tenha conseguido nos últimos anos reduzir os níveis de carências sociais como a educação, a saúde e a moradia, a falta de alimentação adequada aumentou e no fechamento de 2010 atingia 24,9% da população.
Parte desse aumento ocorreu devido à volatilidade dos preços internacionais dos alimentos desde 2007, um tema que ocupa lugar prioritário na agenda internacional do México.
O programa se beneficiará parcialmente de 70 planos sociais em áreas como saúde, educação e desenvolvimento agrícola aos quais foram destinados neste ano US$ 23,1 bilhões.